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Cotidiano

MST diverge de movimento de Boulos e pede 'muita calma nessa hora'

Guilherme Boulos decidiu enviar milhares de militantes às rodovias para retirar as barricadas que impedem a passagem dos carros

Maria Eduarda Guimarães

01/11/2022 às 13:46  atualizado em 01/11/2022 às 13:55

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Guilherme Boulos

Guilherme Boulos | Reprodução/Facebook

Um dos integrantes da coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Paulo Rodrigues pediu nesta terça-feira (1º) calma aos militantes e que não entrem em confronto com bolsonaristas que promovem bloqueios em estradas de todo o país.

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A orientação contrasta com o posicionamento adotado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), coordenado por Guilherme Boulos (PSOL-SP), que decidiu enviar milhares de militantes às rodovias para retirar as barricadas que impedem a passagem dos carros, como antecipou a coluna.

"Do ponto de vista político, todos nós sabemos que o Bolsonaro e o bolsonarismo não iam aceitar qualquer que fosse o resultado das urnas. Porém, agora, é uma decisão do Estado brasileiro lidar com esta situação", afirma João Paulo Rodrigues, em áudio enviado a militantes do MST.

"Frente a isso, a nossa orientação para a nossa turma primeiro é: calma. Não há nenhum motivo para nós cairmos na pilha do que está tendo nas redes sociais. Ou seja, muita calma nessa hora", continua.

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O dirigente afirma que o momento ainda é de celebração pela vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, e que não cabe aos movimentos populares confrontar ou enfrentar bolsonaristas nas ruas.

"É de responsabilidade do Estado brasileiro e da Justiça, com as suas polícias, de reprimir esse bando golpista. Cabe a nós, nesse momento, festejar a vitória do Lula, ficar atento e não cair nas provocações desses agrupamentos", afirma o coordenador do MST.

"Deixa eles com o monopólio da violência deles, e nós, com o monopólio da esperança, da organização popular, sem cair em provocação", diz ainda.

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De acordo com Rodrigues, uma reunião será realizada até o final da tarde desta terça entre movimentos populares e sindicais para avaliar a situação dos bloqueios de teor golpista e decidir um posicionamento coletivo.

No áudio disparado via WhatsApp, ele destaca que a coalizão de partidos que apoiou Lula no pleito já acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar coibir as interdições e os seus responsáveis.

"Acho que a decisão tomada ontem pelo ministro Alexandre de Moraes é uma decisão muito boa porque de fato restabelece o direito de ir e vir e, óbvio, pedindo que as polícias estaduais ou federais façam a desobstrução imediata de todas as áreas que estão paradas", diz ele.

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Como mostrou a coluna, o MTST afirma que decidiu tomar uma atitude depois de ver que os bloqueios estão acontecendo "com a complacência" da Polícia Rodoviária Federal (PRF), sob o comando do governo de Jair Bolsonaro.

"Esperamos ser tão bem recebidos pelas forças de segurança quanto os bolsonaristas estão sendo", diz o movimento.

A coluna apurou que os militantes estão sendo orientados a não entrar em confrontos com bolsonaristas, mas sim retirar os materiais que eles colocaram nas vias para impedir o trânsito de veículos.

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Até a noite de segunda-feira (31), foram mais de 300 bloqueios em estradas de 25 estados e no Distrito Federal. Os manifestantes pedem um golpe.

Após decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes desta terça, as polícias militares dos estados começaram a atuar na desobstrução de rodovias bloqueadas por protestos de cunho golpista.

Responsável pela fiscalização e segurança das estradas, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) se manteve inerte, e policiais inclusive confraternizaram com os bolsonaristas.

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Magistrados do STF responsabilizam Bolsonaro pelas arruaças. Em silêncio desde que foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha presidencial, o presidente estaria, com sua atitude, estimulando a confusão.

A omissão da PRF reforçou a certeza de que o presidente trabalha para elevar a tensão no país.

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