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Cotidiano

MP denuncia delegado e cinco policiais acusados de extorquir traficantes na Grande SP

O grupo exigia de R$ 10 mil a R$ 20 mil por semana dos traficantes

20/10/2022 às 10:50  atualizado em 20/10/2022 às 11:21

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A prisão preventiva dos agentes denunciados foi solicitada pela promotoria (foto ilustrativa)

A prisão preventiva dos agentes denunciados foi solicitada pela promotoria (foto ilustrativa) | Governo do Estado de São Paulo

Um delegado e cinco policiais de Mogi das Cruzes, na Região Metropolitana de São Paulo, foram denunciados na Justiça nesta quarta-feira (19) pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por extorquirem dinheiro de traficantes e comerciantes em Guarulhos.. 

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A investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), apontou que os agentes cobravam propina dos traficantes sob a ameaça de prisão. O grupo atuava na capital paulista e na Grande São Paulo, segundo informações do portal "g1".

Quatro crimes compõem a denúncia dos promotores contra os agentes: organização criminosa, roubo, extorsão e tráficos de drogas. 

Os suspeitos estão presos em caráter temporário desde setembro, quando o Gaeco tornou público o envolvimento do delegado Eduardo Peretti Guimarães, da cidade de Salesópolis, e de mais cinco policiais (três civis e dois militares) nas atividades. A prisão preventiva dos envolvidos também já foi solicitada.

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O esquema

O grupo extorquia dos traficantes valores entre R$ 10 mil a R$ 20 mil por semana. Quando não recebiam, os policiais roubavam deles armas e drogas.

Na denúncia apresentada à Justiça, os promotores afirmam que o grupo tinha intensa atividade criminosa e “praticavam os crimes com grande habitualidade, tratando-os como se fosse uma verdadeira profissão”. 

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“A interceptação das comunicações telefônicas demonstrou a intensa atividade ilícita cometida pelos denunciados. Aferiu-se que os denunciados praticavam os crimes com grande habitualidade, tratando-os como se fosse uma verdadeira profissão, tamanha a audácia de suas ações. Com efeito, nada garante que em liberdade não voltarão a delinquir, razão pela qual suas prisões são fundamentais para a manutenção da ORDEM PÚBLICA”, disseram os promotores no documento.

“Os crimes investigados são extremamente graves e envolvem agentes públicos que conhecem a fundo as formas tradicionais de investigação, o que muito incrementa o risco da soltura. (...) É importante notar que a soltura dos denunciados é prejudicial e inconveniente para a instrução do processo, além de colocar em risco a aplicação da lei pena”, completa a denúncia. 

Os policiais denunciados pelo MP-SP são:

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  • Eduardo Peretti Guimarães (delegado)
  • Jorge Luiz Cascarelli (policial militar) 
  • Jocimar Canuto de Paula (policial militar)
  • Wilson Isidoro Junior (policial civil) 
  • Ronaldo Batalha de Oliveira (policial civil)
  • Diego Bandeira Lima (policial civil)

Ao todo, 22 pessoas foram detidas em setembro por darem suporte à operação.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), foram cumpridos na época 27 mandados de busca e apreensão e 23 mandados de prisão temporária com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil.

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