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Cotidiano

Vice-presidente minimiza assassinato de petista e diz que não vê crime político

Hamilton Mourão atribui ocorrido à 'gente que provavelmente bebe e aí extravasa as coisa'

Maria Eduarda Guimarães

11/07/2022 às 14:54  atualizado em 11/07/2022 às 15:15

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Hamilton Mourão

Hamilton Mourão | FÁBIO RODRIGUES/ AGÊNCIA BRASIL

Nesta segunda-feira (11) o vice-presidente Hamilton Mourão disse ser lamentável a morte do militante petista Marcelo Aloizio de Arruda, que foi assassinado a tiros no sábado (9) por um policial penal bolsonarista.

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Entretanto, Mourão minimizou o caso ao falar que ocorre "todo final de semana", com "gente que provavelmente bebe e aí extravasa as coisas". Para ele, essa ocorrência não deve ser explorada politicamente.

"É um evento lamentável. Ocorre todo final de semana em todas as cidades do Brasil, gente que provavelmente bebe e aí extravasa as coisas. (Eram) todos da área policial. Um era guarda municipal, o outro agente penal. Vejo de uma forma lamentável isso aí", disse.

"Não, não é preocupante. Não queiramos fazer a exploração política disso aí. Vou repetir o que eu estou dizendo e nós vamos fechar esse caixão. Para mim, é um evento desses lamentáveis que ocorrem todo final de semana nas nossas cidades, de gente que briga e termina indo para o caminho de um matar o outro", continuou.

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No último sábado, um policial penal federal bolsonarista invadiu uma festa de aniversário e matou a tiros o guarda municipal e militante petista Marcelo Aloizio de Arruda, em Foz do Iguaçu (PR).

Durante a ação, o petista reagiu e efetuou disparos contra seu agressor, identificado como Jorge José da Rocha Guaranho. A Polícia Civil do Paraná a princípio disse que Guaranho também tinha morrido, mas a informação depois foi corrigida. Ele permanece internado.

A delegada responsável pelo caso, Iane Cardoso, afirma que a hipótese de motivação política para o crime contra o petista é investigada. Ela diz que ainda está sendo apurada se a razão foram divergências políticas.

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Bolsonaro também se manifestou sobre o caso no domingo (10). O presidente disse que dispensa o "apoio de quem pratica violência contra opositores", mas, no mesmo pronunciamento, atacou a esquerda.

"Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos", escreveu o chefe do Executivo.

A manifestação do presidente foi publicada em seu perfil nas redes sociais somente após as 19h, depois que praticamente todos os espectros políticos já haviam se manifestado em repúdio.

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Nesta segunda-feira (11) o presidente se reuniu com apoiadores e criticou a forma como está sendo divulgada a morte.

"Vocês viram o que aconteceu ontem, né? Uma briga de duas pessoas lá em Foz do Iguaçu. 'Bolsonarista não sei o que lá'. Agora, ninguém fala que o Adélio é filiado ao PSOL, né? A única mídia que eu tenho é essa que está nas mãos de vocês aí", disse Bolsonaro a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

Adélio, autor da facada em Bolsonaro na campanha de 2018, foi filiado ao partido. Segundo as investigações, ele concebeu, planejou e executou sozinho o atentado. Foi considerado inimputável por ter doença mental e cumpre medida de segurança em um presídio federal.

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