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Cotidiano

Motorista que matou cantor de pagode tinha álcool 20 vezes acima do permitido

Teste do bafômetro acusou 0,82 mg/l, número 2050% acima do limite de 0,04 mg/l

Hebert Dabanovich

03/01/2025 às 11:10  atualizado em 03/01/2025 às 11:12

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Cantor de pagode Adalto Mello morreu após ser atingido pelo carro de Thiago Arruda Campos Rosas

Cantor de pagode Adalto Mello morreu após ser atingido pelo carro de Thiago Arruda Campos Rosas | Reprodução/Redes Sociais

O motorista Thiago Arruda Campos Rosas, de 32 anos, apresentava 20,5 vezes mais álcool no organismo do que o permitido por lei no momento do acidente que matou o cantor de pagode na madrugada do último domingo (29/12).

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Segundo informações do boletim de ocorrência (BO), o teste do bafômetro de Thiago acusou 0,82 mg/l, um número 2050% acima do limite de 0,04 mg/l.

Thiago “apresentava sinais claros de embriaguez com fala pastosa, olhos avermelhados e andar cambaleante”, conforme o BO.

Ele assumiu aos policiais que dirigia o veículo e a moto teria surgido repentinamente na frente dele, sem tempo de desviar.

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Segundo a Polícia Militar, o motorista fez o teste do bafômetro e o resultado apontou 0,82 mg/l [miligrama de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões].

Conforme previsto pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o limite tolerado pelo bafômetro é de 0,04 mg/l. Caso esse valor seja ultrapassado, o motorista estará sujeito a sanções administrativas, como multa e suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Já quando o exame indica 0,34 mg/l ou mais, como Thiago, cujo teste registrou 0,82 mg/l, o condutor pode responder criminalmente. Nessa situação, a legislação prevê de seis meses a três anos de prisão, além de multa e a possibilidade de suspensão ou cassação da CNH.

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Prisão decretada

A Polícia Civil decretou a prisão em flagrante de Thiago e conforme o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), foi convertida para preventiva após a audiência de custódia.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) informou em nota que o caso foi inicialmente registrado como homicídio culposo (sem intenção de matar) na direção de veículo automotor. Após investigação, no entanto, a natureza foi alterada para homicídio doloso com dolo eventual (ao assumir o risco de matar, apesar de não ter esse objetivo).

O motorista foi levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Praia Grande (SP), na última segunda-feira (30/12), de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

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Acidente

O cantor de pagode Adalto Mello, de 39 anos, morreu após sofrer um acidente na madrugada deste domingo (29/12), na avenida dos Tupiniquins, no bairro Japuí, por volta das 2h30, em São Vicente, no litoral de São Paulo.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que policiais militares foram acionados para atender a ocorrência e, no local, encontraram o carro batido contra uma árvore, além da moto caída.

Segundo o Corpo de Bombeiros, eles foram acionados por meio da central de atendimento 193 e auxiliaram a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que já estava no local.

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A equipe fez manobras de ressuscitação para tentar reanimar o cantor, sem êxito.

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