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Cotidiano
No ano passado, o músico disse ter um câncer avançado que tinha se espalhado por diversas regiões de seu corpo
02/04/2023 às 11:30 atualizado em 02/04/2023 às 11:37
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Lendário compositor de trilhas sonoras japonês Ryuichi Sakamoto, que, entre seus prêmios, levou o Oscar pela música do filme "O Último Imperador", de Bernardo Bertolucci | Reprodução
Morreu na última terça-feira (28) o lendário compositor de trilhas sonoras japonês Ryuichi Sakamoto, que, entre seus prêmios, levou o Oscar pela música do filme "O Último Imperador", de Bernardo Bertolucci. A informação foi confirmada nas redes sociais do compositor, morto aos 71 anos.
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No ano passado, de acordo com o jornal The Japan Times, o músico disse ter um câncer avançado que tinha se espalhado por diversas regiões de seu corpo. Ele recebeu um diagnóstico de câncer na garganta em 2014 e de no cólon em 2021. A doença teria ainda se espalhado pelos seus pulmões e outras regiões do corpo nos últimos anos.
Sakamoto é considerado avô da eletrônica e do hip hop por conta das experimentações que conduziu no começo da carreira. Em 1980, ele lançou dentro do segundo álbum, "B-2 Unit", a faixa "Riot in Lagos", que é considerada um dos primeiros exemplos de eletro-funk da história, e pioneiros do gênero como Afrika Bambaata e Kurtis Mantronik declararam nos anos seguintes terem o disco como referência.
A inventividade de suas composições o levaram ao cinema, onde não só trabalhou nas trilhas sonoras como até atuou. A estreia aconteceu em 1983, quando desempenhou as duas funções em "Furyo: Em Nome da Honra", de Nagisa Oshima. No filme, ele vivia o antagonista, o capitão Yonoi, que buscava informações dos prisioneiros de guerra, entre eles um vivido por David Bowie, em uma prisão japonesa da Segunda Guerra Mundial.
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Tanto na encenação quanto na música, o filme era dominado por uma atração sexual reprimida. Enquanto formava com Bowie uma relação entre a repulsa e a sedução, leva à tona pelo fetiche do militarismo, a trilha sonora de Sakamoto para o filme era baseada no teclado, com distorções dando vazão ao tom frio e, paradoxalmente, pulsante da narrativa. O trabalho rendeu um Bafta ao artista no ano seguinte.
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