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Cotidiano

Morre o general Newton Cruz, considerado coautor de atentado que matou um sargento no regime militar

O inquérito original, que correu na Justiça Militar em 1981, tentou culpar organizações de esquerda pelo episódio. A farsa foi desmontada

Folhapress

16/04/2022 às 15:39  atualizado em 16/04/2022 às 15:41

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Morreu nesse sábado (16) o general Newton Cruz, 97, chefe do SNI (Serviço Nacional de Informações) durante o regime militar

Morreu nesse sábado (16) o general Newton Cruz, 97, chefe do SNI (Serviço Nacional de Informações) durante o regime militar | Reprodução/Redes Sociais

Morreu nesse sábado (16) o general Newton Cruz, 97, chefe do SNI (Serviço Nacional de Informações) durante o regime militar e um dos acusados pelo atentado a bomba no Riocentro em 1981. Ele estava internado no Hospital Central do Exército, na zona norte do Rio de Janeiro. A morte foi confirmada pelo Comando Militar do Leste.

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Newton Cruz era um dos principais críticos da abertura dos arquivos do regime militar. Foi também um dos poucos generais a ser formalmente acusado por crimes cometidos durante a ditadura.

O general foi um dos seis acusados pelo atentado a bomba no Riocentro em 1981. A ação foi tramada pela chamada linha dura do regime para causar pânico em um show pelo Dia do Trabalho que reuniu cerca de 20 mil pessoas no centro de convenções na zona oeste do Rio. O plano deu errado, e uma bomba explodiu no colo do sargento Guilherme do Rosário, que morreu no local.

O inquérito original, que correu na Justiça Militar em 1981, tentou culpar organizações de esquerda pelo episódio. A farsa foi desmontada, mas ninguém foi punido até hoje.

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A tentativa de responsabilização do general foi iniciada em 1999, quando um novo inquérito policial militar do Exército o indiciou. Ele foi acusado de falso testemunho na Justiça Militar, mas o STF (Supremo Tribunal Federal) trancou o processo.

Em 2014, uma nova denúncia contra Cruz foi aberta na Justiça Federal, desta vez sob acusação de tentativa de homicídio doloso, associação criminosa armada, transporte de explosivos e favorecimento pessoal. O TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) trancou a ação penal por considerar o crime prescrito.

Cruz foi considerado pelo MPF coautor do atentado por não ter tomado atitudes para evitá-lo. A denúncia dizia que, ao saber do plano e de sua execução, Cruz "omitiu-se" diante da possibilidade de que pessoas fossem mortas e feridas.

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