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Cotidiano
Fotógrafo deixa duas filhas e um rico acervo de registros do Brasil e do mundo, sob gestão do Instituto Moreira Salles (IMS)
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Fotojornalista Evandro Teixeira em exposição dedicada a ele | Tânia Rêgo/Agência Brasil
Morreu, aos 88 anos, o fotojornalista Evandro Teixeira, nesta segunda-feira (4/11). Considerado um dos melhores fotojornalistas do Brasil, ele teve falência múltipla de órgãos.
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Há cerca de dez anos, Teixeira enfrentava uma leucemia crônica e, desde setembro, estava internado na clínica São Vicente, na Gávea, no Rio de Janeiro.
O fotógrafo deixa duas filhas e um rico acervo de registros do Brasil e do mundo, sob gestão do Instituto Moreira Salles (IMS). O local, inclusive, foi responsável por uma exposição dedicada à obra do fotógrafo em 2023.
Na mostra, há imagens que marcaram a carreira de Teixeira. O renomado fotógrafo tem registros únicos do período ditatorial no Brasil e no Chile, onde foi o primeiro a fotografar o cadáver do poeta Pablo Neruda, na sequência de sua morte.
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Uma de suas fotos mais famosas é o registro de um estudante prestes a cair no chão, enquanto era perseguido por militares. A foto é de 1968 e a manifestação ocorria contra o regime militar.
Teixeira já contou em entrevista que os soldados o perseguiram ao perceber a foto, mas conseguiu escapar. O estudante retratado foi um entre um saldo de dezenas de mortos que resultou da repressão aos manifestantes naquele dia, conhecido como “Sexta-feira Sangrenta”.
Ele começou a carreira em 1954, no antigo “Diário de Notícias”, em Salvador, na Bahia. Em 1954, foi para o “Diários Associados” comandado por Assis Chateaubriand, no Rio de Janeiro. Mas foi em 1963, no “Jornal do Brasil”, que consolidou sua carreira. Teixeira ficou no jornal por 47 anos.
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