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Cotidiano

Moraes afasta governador do DF do cargo após vandalismo em Brasília

Suspensão vale por 90 dias e ocorre horas depois que bolsonaristas radicalizados invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF

Luana Fernandes

09/01/2023 às 08:18  atualizado em 09/01/2023 às 08:21

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes | Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o afastamento do cargo do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

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A suspensão determinada por Moraes vale por 90 dias e ocorre horas depois que bolsonaristas radicalizados invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.

A ação de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (8) ocorre uma semana após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antecedida por atos antidemocráticos insuflados pela retórica golpista do ex-presidente no período eleitoral.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse na noite deste domingo (8) que cerca de 200 pessoas foram presas no ato de vandalismo que ocorreu em Brasília. Já a Polícia Civil falou em 300.

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Somente a Secretaria de Polícia do Senado Federal prendeu em flagrante 30 manifestantes que invadiram o plenário da Casa e o Salão Negro da Câmara dos Deputados.

Eles foram detidos pelos crimes de dano ao patrimônio e de invasão de prédios públicos, entre outros. Os presos foram levados inicialmente para a delegacia da Polícia do Senado, que fica no Congresso.

"Eu repito o que eu disse: esses acampamentos são incubadores de terroristas. Os fatos comprovaram que a frase era correta", afirmou Dino.

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O presidente Lula afirmou que todos os manifestantes golpistas que invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes serão encontrados e punidos. Lula também anunciou a intervenção federal na área de segurança do Distrito Federal até o fim de janeiro.

O presidente afirmou que os manifestantes poderiam ser chamados de nazistas e fascistas e disse que a esquerda nunca protagonizou um episódio similar a este no Brasil.

Lula havia viajado para Araraquara (SP) neste domingo para analisar os danos causados pelas intensas chuvas no município nas últimas semanas, mas retornou a Brasília na noite deste domingo.

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Na capital federal, vistoriou os estragos causados por militantes bolsonaristas. Ele visitou o Palácio do Planalto e conferiu de perto os danos causados nas janelas, os móveis arremessados pelo prédio e as fotos arrancadas da galeria dos ex-presidentes. Pelo chão, também era possível ver diversos projéteis de borracha disparados pelos agentes de segurança.

O presidente foi recebido de maneira improvisada, na parte de fora do prédio vandalizado, pela presidente da corte, ministra Rosa Weber.

Após inspecionar o Planalto, Lula saiu em um grande comboio de carros rumo ao STF (Supremo Tribunal Federal), que foi a terceira sede de Poder invadida pelos manifestantes golpistas.

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