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Cotidiano

Moradores de SP revelam desespero e revolta com a Enel após 4 dias sem energia

Moradores de diversos bairros relatam desespero, prejuízo econômico e impossibilidade de entrar em contato com a Enel após apagão que afetou SP

Bruno Hoffmann

06/11/2023 às 11:34  atualizado em 06/11/2023 às 12:37

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Enel admitiu que boa parte dos clientes não conseguiu contato com a empresa neste fim de semana

Enel admitiu que boa parte dos clientes não conseguiu contato com a empresa neste fim de semana | Divulgação

Moradores de diversos bairros de São Paulo relataram nesta segunda-feira que permanecem sem energia elétrica após quatro dias das fortes chuvas que atingiram a cidade na sexta-feira (3). O sentimento comum entre as pessoas ouvidas pela Gazeta é de impotência e de revolta com a Enel São Paulo, a empresa responsável pelo abastecimento de energia na Capital e em outros 23 municípios da região.

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Conforme nota da Enel às 16h de domingo (5), 700 mil imóveis da Capital e da região metropolitana seguem sem energia. A expectativa da concessionária é de reestabelecimento completo apenas nesta terça-feira (7).

O jornalista Paulo do Valle, de 34 anos, é morador da Vila Andrade, na zona sul de São Paulo, e seguia sem a possibilidade de acender a luz em casa na manhã desta segunda.

“O que estava na geladeira estragou, tomo banho gelado. O prédio tem gerador pelo menos para o elevador, mas a tomada que os moradores estavam usando para carregar o celular no hall parou de funcionar também. É um sentimento de impotência gigantesco”, afirmou.

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Ele disse não saber o que fazer contra a empresa. “Estou há dias sem luz. Vou reclamar com quem? Como serei ressarcido por esses dias? Tenho certeza de que não vou”, completou o jornalista.

O comunicador ainda explicou que na noite de domingo boa parte dos imóveis próximos ao seu teve a energia religada, mas o seu prédio e todo um bairro vizinho permanecem na escuridão.

Paulo, que trabalha na Rádio Bandeirantes e participa de programas com o Craque Neto, revelou que o apresentador – que é morador da região – também permanece sem energia elétrica. “Falei com ele hoje de manhã e o Craque Neto também está sem luz ainda”.

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O programador Bruno Amorim Gaefke, de 37 anos, mora na Praça da Árvore, também na zona sul, e vive angústia semelhante. Ele explicou que o apagão aconteceu durante a chuva de sexta, após a queda de uma árvore próxima à sua casa. Desde então a energia não retornou para cerca de quatro quadras em volta de onde vive.

“Isso afetou muito a rotina, principalmente em questão de geladeira, banho, acesso à tecnologia. Nas primeiras horas a gente tentou salvar o que estava na geladeira com coolers e gelos. Depois, vendo que a energia não voltaria, mudamos a estratégia. Levamos alguns congelados para casa de amigos e parentes e outros alimentos assumimos o prejuízo mesmo. Nossa geladeira está vazia agora. Perdemos muitas coisas”, afirmou.

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O programador, que trabalha em casa e precisa, obviamente, de internet para exercer sua profissão, também explicou que tentou contato com a Enel diversas vezes, sem sucesso.

“O que era para ser um feriado tranquilo, em casa, relaxante, foi um feriado muito estressante. Limpar coisas, ir atrás de gelo, ir atrás de familiares. Foi algo extenuante. Tentar contato com a Enel também foi muito difícil. Só recebemos e-mails esporádicos muito evasivos, e até agora sem nenhuma ação concreta. Isso foi muito prejudicial para a gente”, revelou.

“Até agora a Enel não falou nada, não sabemos de nada. Vamos aguardar e depois pensar no que podemos fazer para, de alguma forma, tentar reaver esse prejuízo”, afirmou ainda.

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Neste domingo, a Enel Distribuição entrou em contato com clientes por e-mail e afirmou que aumentou a quantidade de equipes de atendimento em campo após a tempestade. “Porém estamos com dificuldades para atendê-lo no tempo que gostaríamos”.

A concessionária também admitiu que não está conseguindo manter o contato com os clientes prejudicados. “Informamos que nossos canais estão com muita procura e por isso você pode não conseguir contato neste momento, mas estamos trabalhando para normalização o mais breve possível. Pedimos desculpas pelo transtorno”.

A reportagem entrou em contato com a Enel sobre a falta de energia na Grande São Paulo, e vai atualizar este texto assim que receber a resposta.

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Enem

Um grande temor dos estudantes era de que a falta de energia na região metropolitana afetasse os locais de prova do Enem, que viveu a primeira fase neste domingo. O Governo de São Paulo, porém, garantiu o fornecimento em 100% das escolas participantes.

“O serviço está sendo normalizado pelas concessionárias do setor, que atuam sob regulamentação federal. As escolas que ainda estão sem religação estão sendo abastecidas por geradores [...] As ações para garantir a realização do Enem em São Paulo foram definidas no sábado (4), entre o governador Tarcísio de Freitas e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira”, informou a gestão estadual.

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