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Cotidiano

Mirando reeleição, governador de SP troca secretário de Educação

Hubert Alquéres foi nomeado nesta quinta-feira como titular da pasta; PSDBista é atual diretor do Colégio Bandeirantes

02/06/2022 às 13:48  atualizado em 02/06/2022 às 13:55

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Hubert Alquéres

Hubert Alquéres | Reprodução/Redes Sociais

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), anunciou na noite desta terça (31) uma mudança no comando da secretaria de Educação (Seduc). O novo titular da pasta será Hubert Alquéres, atual diretor do Colégio Bandeirantes, um dos mais tradicionais da capital paulista, e vice-presidente do Conselho Estadual de Educação.

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O órgão vinha sendo chefiada de maneira interina pela professora Renilda Peres Lima após Rossieli Soares ter deixado o cargo em 1º de abril.


Hubert Alquéres é o nome que mais agrada a Rodrigo, atualmente. Ele é diretor do Colégio Bandeirantes, um dos mais tradicionais da capital paulista, e vice-presidente do Conselho Estadual de Educação.


A seis meses do término do atual mandato, Rodrigo quer contar com um secretário com trânsito político, como era Rossieli. Por isso, escolheu Alquéres, que é filiado ao PSDB desde 1989.

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A educação é uma das principais vitrines eleitorais do tucano na tentativa de uma reeleição, em outubro deste ano.


Presidente do Conselho Estadual de Educação por quatro mandatos, Alquéres tem trânsito na área e contato próximo com nomes da educação ligados ao PSDB desde a gestão de Mário Covas (1995-2001). Procurado para comentar o convite, ele não quis dar entrevista.


Entre as ações que podem ser exploradas pelos tucanos na campanha está o aumento das escolas em tempo integral em São Paulo. O governo tem prometido ampliar das atuais 2.050 escolas nesse formato para 3.000 até o final do ano que vem.

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Na nota em que anunciou a mudança, Rodrigo inclusive mencionou o tema. "A Renilda desempenhou um brilhante papel. O trabalho dela foi crucial para que São Paulo pudesse multiplicar por dez o número de escolas de tempo integral", disse o governador, de acordo com o texto de sua assessoria. Rodrigo Garcia.


Outra ação é o plano de nova carreira para professores do ensino médio e fundamental, diretores de escola e supervisores educacionais da rede estadual pública. O decreto foi publicado nesta terça-feira (31).


Com o programa, os tucanos dizem ter elevado o piso salarial da categoria em 73%. O salário inicial, que era de R$ 2.886,24, chegará a R$ 5.000, 30% maior que o piso nacional.

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O salário mais alto de um docente será de R$ 13 mil na nova carreira, sendo que na antiga era de R$ 8 mil.


A adesão à nova carreira é opcional e pode ser feita em até 24 meses. Quem não aceitar receberá um dissídio de 10%, o mesmo percentual a ser aplicado para os aposentados.


Professores, insatisfeito com a medida, alegam que passarão a integrar o regime de remuneração por subsídio, o que exclui a incorporação de gratificações, bônus ou prêmios atualmente existentes.

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A visão do governo é que Renilda, considerada de perfil mais técnico, não conseguiu dar um tom político para a ação. Uma das opções analisadas é que ela agora deixe seu atual cargo de secretária-executiva da Seduc (a número 2 da pasta) e assuma a presidência da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) em São Paulo.


O órgão, criado em 1987, é responsável por implantar programas de aprimoramento da rede pública e executar políticas educacionais estabelecidas pela secretaria.


Cabe à FDE, por exemplo, conduzir construções e reformas de escolas, adquirir materiais e equipamentos, gerenciar sistema de avaliação de rendimento escolar e capacitar o corpo docente nos 645 municípios paulistas.

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Discreta, Renilda é avessa à entrevista, ao contrário do seu antecessor, Soares, que vinha cumprindo uma agenda de candidato desde meados de 2021.


Empossado com discurso técnico na gestão de João Doria (PSDB), Soares estreitou suas ligações políticas e se filiou ao PSDB tucano no dia 1º de abril.


Na ocasião, Doria ainda tinha pretensões de concorrer à Presidência da República. Em março, ambos ainda estavam no Palácio dos Bandeirantes, e o então governador disse que, se tivesse a oportunidade de assumir o país, Soares seria o seu ministro da Educação -ele já tinha ocupado o cargo na gestão de Michel Temer (MDB).

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Procurada pela reportagem na tarde desta terça-feira, a gestão Garcia não respondeu até a publicação deste texto.

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