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Cotidiano
Empresa de Elon Musk teve serviços suspensos após descumprimentos de ordens judiciais
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Fachada do STF, em Brasília | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade nesta segunda-feira (2/9) seguir a decisão do ministro Alexandre de Moraes em suspender os serviços da plataforma X em território nacional.
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A decisão somou cinco votos favoráveis dos ministros: Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, além de Moraes, relator do caso.
O ministro, que abriu a votação, ressaltou em seu voto que o STF “fez todos os esforços possíveis e concedeu todas as oportunidades” para que Elon Musk e sua empresa cumprissem as ordens judiciais.
Ele também ressaltou que o comportamento do bilionário frente à gestão do X, próximo ao período de eleições municipais, permite divulgação de desinformação e “utilização nociva da tecnologia”.
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Tal uso pode “direcionar a vontade do eleitorado, colocando em risco a Democracia, como já fora tentado no Brasil anteriormente”, afirmou o ministro na decisão.
Na sequência, votaram os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin. Dino afirmou que “o poder econômico e o tamanho da conta bancária não fazem nascer uma esdrúxula imunidade de jurisdição”.
Já Zanin indicou que “ninguém pode pretender desenvolver suas atividades no Brasil sem observar as leis e a Constituição Federal”.
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“Democracia exige responsabilidade e comprometimento jurídico, social, político e econômico de todas as pessoas naturais e jurídicas, nacionais e não nacionais”, indicou Cármen Lúcia em seu voto.
Luiz Fux foi o único dos ministros que fez ressalvas em seu voto e indicou que a decisão não deve atingir “pessoas naturais e jurídicas indiscriminadas e que não tenham participado do processo, salvo se as mesmas utilizarem a plataforma para fraudar a presente decisão”.
Na última quarta-feira (28/8), o STF publicou em sua conta no X, uma intimação ao empresário Elon Musk para o antigo Twitter apresentar um representante legal no Brasil em até 24 horas.
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A empresa está sem representação nacional desde 17 de agosto, quando foi anunciado o fechamento dos seus escritórios no País, apesar dos serviços terem sido mantidos aos usuários.
Após finalizado o prazo dado pela justiça, a empresa se pronunciou por meio de nota em inglês alegando censura.
A suspensão dos serviços iniciou de maneira gradual na noite de sexta-feira (30/8), após a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ser notificada pela suprema corte.
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