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Cotidiano
Queiroga afirmou que ainda não há definição sobre o tema e que a área técnica ainda avalia a necessidade de ampliar a vacinação contra a Covid
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Marcelo Queiroga | Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta que a prioridade do governo federal é a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 e criticou a interferência de governadores e prefeitos na discussão sobre a aplicação da quarta dose do imunizante.
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A declaração foi dada após o governador João Doria (PSDB) anunciar que São Paulo irá adotar a quarta dose contra o coronavírus. Ele disse que isso está em estudo, mas não informou data para dar início ao calendário de vacinação.
Queiroga afirmou que ainda não há definição no Ministério da Saúde sobre o tema e que a área técnica ainda avalia a necessidade de ampliar a vacinação. O ministro disse que não conversou com Doria sobre o tema.
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"Esse assunto nós já sabemos, não é? O governador de São Paulo e outros chefes de Executivos, seja de estado e município, muitas vezes eles interferem no processo decisório a respeito da imunização", disse em entrevista após reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Ele defendeu que o debate sobre a quarta dose deve ficar restrito à esfera federal. "Essas questões devem ser discutidas no âmbito do Ministério da Saúde, que é quem lidera esse processo, até porque é quem tem a obrigação de garantir aos brasileiros esse direito", afirmou.
Queiroga disse que a prioridade atual é "avançar na dose de reforço". "Se avançar na terceira dose, vamos ter mais preparo para enfrentar a variante ômicron", disse.
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Ele questionou como ficará a questão logística de distribuição de doses pelo governo federal caso os estados decidam ampliar a vacinação em descompasso com o Ministério da Saúde.
Na manhã desta quarta, Doria concedeu uma entrevista à rádio Eldorado em que foi assertivo em relação à quarta dose.
"Já é confirmada pelo comitê científico do governo de São Paulo. Nós estamos preparados para iniciar a quarta dose de reforço", disse o governador à rádio.
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Mais tarde, em coletiva, ele foi menos categórico ao abordar o assunto. "O fato de considerar não significa que a aplicação [da quarta dose] será imediata ou de curto prazo porque não vai", disse.
Na última segunda-feira (7), o Ministério da Saúde afirmou em nota técnica que não há dados suficientes para a aplicação da quarta dose da vacina na população.
A recomendação do ministério é que a quarta dose continue sendo aplicada apenas em imunocomprometidos, como ocorre desde dezembro do ano passado.
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"Antes de avançarmos rumo a novas indicações no calendário do PNO [Plano Nacional de Operacionalizações], se faz necessário compreender o cenário epidemiológico com maior detalhamento quanto às hospitalizações, óbitos e infecções pela Covid-19 entre determinados grupos etários e sua relação com o status de vacinação (vacinados x não vacinados)", diz a nota técnica.
Técnicos da Saúde e do PNI (Programa Nacional de Imunizações) devem voltar a avaliar na sexta-feira (11) se indicam a aplicação de nova dose contra a Covid-19.
Doria e Queiroga têm trocado críticas nos últimos meses.
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Em janeiro, o ministrou acusou o tucano de "fazer palanque" com o início da vacinação infantil. Naquele dia, Doria abriu a campanha nacional de imunização do público de 5 a 11 anos com as doses da Pfizer.
"O político João Doria subestima a população. Está com as vacinas do governo do Brasil e do povo brasileiro em mãos fazendo palanque. Acha que isso vai tirá-lo dos 3% [de intenção de voto]. Desista! Seu marketing não vai mudar a face da sua gestão. Os paulistas merecem alguém melhor", escreveu Queiroga no Twitter.
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