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Cotidiano

Ministério Público é contrário a prisão de aluna da USP acusada de desvio de R$ 1 mi

No entanto, na avaliação da Promotoria, a estudante cometeu o crime de estelionato

Leonardo Sandre

31/01/2023 às 16:15  atualizado em 31/01/2023 às 16:27

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O pedido de prisão preventiva de Alicia havia sido contestado pela defesa que alegou em nota que fundamentos apresentados para o pedido são vagos

O pedido de prisão preventiva de Alicia havia sido contestado pela defesa que alegou em nota que fundamentos apresentados para o pedido são vagos | Divulgação/Lattes

O Ministério Público emitiu parecer contrário à prisão preventiva da estudante de medicina da USP Alicia Dudy Muller Veiga, 25, acusada de desviar quase R$ 1 milhão do fundo de formatura da sua turma.

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A investigação do caso foi conduzida pelo 16º DP, que concluiu o inquérito policial e a indiciou por apropriação indébita. No entanto, na avaliação da Promotoria, a estudante cometeu o crime de estelionato.

"Diferentemente do que ocorre na apropriação indébita, no estelionato a lei exige representação criminal dos ofendidos para oferecimento de denúncia contra a autora dos fatos", afirmou o Ministério Público, em nota.

Por isso, foi determinado que o inquérito retorne à delegacia para que seja colhida a representação criminal das vítimas em defavor da averiguada. A medida, diz a MP-SP, visa discriminar "de forma individual o prejuízo suportado para cada uma delas".

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O pedido de prisão preventiva de Alicia havia sido contestado pela defesa que alegou em nota que fundamentos apresentados para o pedido são vagos. "Por ser medida excepcional, somente é decretável em casos de extrema necessidade", escreve o advogado Sergio Stocco Giolo.

Em depoimento, a aluna afirmou que pretendia investir o valor, mas começou a perder o dinheiro por falta de conhecimento em finanças. Com isso, passou a jogar na loteria para tentar recuperar o montante.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, Alicia foi indiciada sob suspeita de apropriação indébita em nove ocasiões - isso porque ela obteve nove transferências do fundo de formatura para contas próprias de novembro de 2021 até dezembro de 2022.

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Os repasses foram feitos pela empresa Ás Formaturas para três contas pessoais de Alicia, a pedido da estudante, que era presidente da comissão de formatura.

Cada transferência pode ser considerada um crime cuja pena máxima é de quatro anos de reclusão. Assim, ela poderia pegar uma pena de até 36 anos.

Durante operação de busca e apreensão na casa da formanda, os investigadores encontraram anotações de consultas com videntes e mãe de santo. Também foram apreendidos celulares, um veículo Volkswagen Nivus, um tablet, cartões bancários e diversos documentos. Todo o material é analisado pela autoridade policial para esclarecer os fatos, diz a SSP.

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Atual presidente da comissão de formatura do curso de medicina da USP, Gabriela Cristina Sarti afirmou à Polícia Civil que a colega mudou a senha do email da comissão. Por isso, o grupo não sabia das quantias transferidas para a conta pessoal de Alicia.

Após a quebra de sigilo bancário, a polícia verificou que o padrão de vida de Alicia mudou no ano passado. Em 2021, ela tinha cerca de R$ 2.000 em gastos no cartão de crédito, que pularam para R$ 7.000.

Após investigação do Procon, a empresa organizadora da festa disse ao órgão que se comprometia em absorver o prejuízo de R$ 920 mil dos estudantes de medicina da USP e realizar o evento sem custo extra para os formandos.

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Além de apropriação indébita, Alicia é investigada por suspeita de estelionato e lavagem de dinheiro pela polícia de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo). Essa investigação teve início após ela tentar apostar, sem pagar, um total de R$ 891 mil em bilhetes da Lotofácil.

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