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Cotidiano
Grupo agia a partir de perfis femininos falsos; depois, sequestrava a vítima e a obrigava a fornecer senhas e fazer transações via Pix
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Tinder | Divulgação
O Ministério Público de São Paulo denunciou na última semana três suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada ao sequestro de homens após marcarem um encontro por meio de aplicativos de relacionamento. A modalidade criminosa é conhecida como "golpe do Tinder".
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De acordo com a promotora Anne Marie Lourenço Karsten, o grupo agia na Capital e criava perfis femininos falsos em aplicativos do tipo. Depois, os denunciados marcavam encontros e ludibriavam as vítimas para que elas saíssem do carro. Em seguida, a pessoa era dominada e levada a cativeiros, onde se via obrigada a fornecer senhas bancárias e efetuar transações via Pix.
Também por intermédio da promotora, o MPSP requereu o confisco de bens apreendidos em posse dos denunciados e outros bens materiais que sejam identificados em seus nomes.
Dado divulgados pela Secretaria de Segurança Pública apontam que nove em cada dez sequestros realizados em São Paulo estão relacionados a conexões feitas por meio de ferramentas de relacionamento. Em 2022, foram 94 ocorrências do tipo.
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Nos primeiros três meses deste ano, a polícia de São Paulo já prendeu 58 sequestradores por crimes relacionados aos aplicativos de namoro.
Canal direto com autoridades
O Tinder aceitou a proposta do Gaesp (Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública) e anunciou para este mês a implementação um canal de comunicação em língua portuguesa para atender autoridades policiais, promotores de Justiça e juízes de Direito.
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A medida ocorreu após o Gaesp instaurar inquérito civil para avaliar a obrigação do aplicativo de colaborar com as autoridades em relação às notícias de crimes ocorridos no espaço de encontros on-line.
Por meio da ferramenta, será possível solicitar informações pertinentes à persecução pena. O objetivo é viabilizar respostas mais rápidas a requisições relativas a dados associados à localização de vítimas de crimes em andamento e de agentes criminosos responsáveis pela sua prática.
O Tinder se comprometeu ainda a trabalhar com o Gaesp para reforçar suas mensagens aos usuários no Brasil, reforçando alertas sobre questões de segurança.
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