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Cotidiano

Milhares marcham em São Paulo no Dia da Consciência Negra

Evento começou na avenida Paulista com o tema 'Palmares de pé, racismo no chão'

Adriano Assis

20/11/2024 às 21:18  atualizado em 20/11/2024 às 21:47

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Marcha luta por um Brasil sem racismo e por reparação histórica

Marcha luta por um Brasil sem racismo e por reparação histórica | Paulo Pinto/Agência Brasil

Por um Brasil sem racismo e por reparação histórica, cerca de cinco mil pessoas, segundo os organizadores, foram às ruas de São Paulo nesta quarta-feira (20/11) para a 21ª Marcha da Consciência Negra. Os manifestantes seguiram em caminhada da avenida Paulista até o centro da cidade.

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Este ano, a marcha teve como tema “Palmares de pé, racismo no chão”. Também foi a primeira edição na qual comemora-se a data como feriado nacional, lei sancionada no fim do ano passado pelo presidente Lula.

“A gente celebra com muita alegria o primeiro feriado nacional, para a gente é uma virada de página”, disse José Adão de Oliveira, de 69 anos, co-fundador do Movimento Negro Unificado (MNU), criado em 1978, e um dos coordenadores da marcha em São Paulo.

A assistente social Claudia Adão levou a filha pela primeira vez ao movimento. “Comecei a frequentar a marcha com meus 15 anos, eles vendiam acarajé. E hoje é a primeira vez que venho com minha filha, no pós pandemia, para celebrar essa conquista do feriado, mas também para saber quem foi Zumbi dos Palmares, que fazemos parte de um povo que luta, que se mobiliza”, ressalta.

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“Marchamos pela vida do nosso povo, pela liberdade, pelos nossos direitos que não estão garantidos. Enquanto ainda tiver pretos e pretas sendo assassinados, tendo seus direitos violados, a gente vai estar marchando”, acrescenta.

20 de novembro

A data de celebração remete ao dia em que Zumbi dos Palmares foi morto, no ano de 1695.  Ele liderou a resistência contra a escravidão em um conjunto de quilombos que existiu por cerca de um século – onde hoje é a cidade alagoana de União dos Palmares. 

Zumbi foi morto por um português em 20 de novembro de 1695. O líder negro deixou um legado de resistência e de construção de uma sociedade baseada na igualdade.

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