Metrô de SP rescinde contrato com consórcio de monotrilho na zona sul

O Metrô de São Paulo vai publicar nesta terça-feira (23) a rescisão do contrato com o Consórcio Monotrilho Ouro pela paralisação das obras da Linha 17-Ouro. A companhia também vai multar o consórcio em cerca de R$ 118 milhões, além de suspender sua participação para novos contratos públicos pelo prazo de dois anos.

Segundo o Governo de São Paulo, houve “atraso injustificado” na construção da linha.

• Falha na linha 2-verde causa lentidão em linhas do Metrô de SP
• Estação Paulista, da linha 4-amarela do metrô, ganha nome de loja
• Mesmo com velocidade reduzida, linha 8-diamante tem novo descarrilamento em SP

“Diante do atraso injustificado no cronograma de execução das obras, o Governo do Estado e o Metrô vinham exigindo um plano de recuperação dos prazos. As exigências se intensificaram a partir de janeiro e, diante da morosidade da contratada em demonstrar sua capacidade de retomar o ritmo das obras, o Metrô concluiu o processo de rescisão contratual”, informou o governo paulista, em nota.

Ainda segundo a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), a decisão não vai afetar o ritmo de fabricação dos trens e de instalação de sistemas.

Com isso, o Metrô passa a trabalhar com três cenários permitidos pela legislação para a conclusão das obras: contratar uma das empresas remanescentes que foram classificadas na licitação já realizada, pactuar que as obras pendentes sejam executadas pela futura operadora da linha 17-Ouro ou realizar uma nova licitação.

As obras civis atingiram 80% de execução, segundo o Metrô. A expectativa é que a Linha 17-Ouro entre em operação até o primeiro semestre de 2026.

As obras do monotrilho na zona sul da Capital foram iniciadas em 2012 e teve uma série de atrasos. As estações que são construídas atualmente são Jardim Aeroporto, Congonhas, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Campo Belo (com integração com a Linha 5-Lilás), Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi (CPTM).