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Cotidiano

Metrô de SP já registrou oito greves em dez anos

O ano com o maior número de greves foi 2017: foram duas, em abril e março

Leonardo Sandre

24/03/2023 às 20:40

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 Linha 1-Azul do Metrô de São Paulo

Linha 1-Azul do Metrô de São Paulo | Rovena Rosa - Agência Brasil

Desde 2013, os funcionários Metrô de São Paulo fizeram um total de oito greves. A paralisação desta semana, que durou pouco mais de 33 horas, foi uma das mais longas do período - na maior parte das vezes, elas duraram um dia ou menos.

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A maior e mais traumática greve no Metrô dos últimos dez anos ocorreu em 2014, às vésperas da Copa do Mundo no Brasil. Cinco dias de mobilização dos metroviários terminaram com a demissão de 42 grevistas pelo governo estadual, e também após uma série de protestos marcados por confrontos e prisões.

Entre aquela greve e a paralisação que terminou nesta sexta (24), há um ponto em comum. Naquela ocasião, o sindicato também defendia que o governo autorizasse a liberação de catracas, para que os passageiros não fossem prejudicados. A gestão do então tucano Geraldo Alckmin não aceitou a sugestão.

Funcionários passaram a exigir a recontratação dos demitidos na greve de 2014 em todas as mobilizações nos anos seguintes. Segundo o Metrô, esses trabalhadores haviam se envolvido em ocorrências graves, como arrombamentos e agressões durante piquetes. A pressão jurídica e política do sindicato acabou dando resultado: a companhia aceitou reintegrar 37 funcionários após perder a disputa na Justiça em duas instâncias.

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O ano com o maior número de greves foi 2017. Foram duas, em abril e março. As paralisações naquele ano faziam parte de uma mobilização nacional convocada por centrais sindicais contra as propostas de reforma nas leis trabalhistas e na Previdência.

Em 2020, houve uma greve de menos de duas horas, mas que gerou transtornos para os passageiros de qualquer. Os metroviários já haviam aprovado a greve para a 0h do dia 28 de julho daquele ano, mas receberam uma nova proposta do governo na noite do dia 27.

A assembleia da categoria só terminou durante a madrugada e decidiu por cancelar a greve. Na prática, a circulação de trens foi afetada pois funcionários deixaram de ir às estações entre as 23h e o início da manhã.

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Nesse período, a cidade de São Paulo também teve paralisações dos funcionários de ônibus e dos ferroviários que operam os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que não foram contabilizadas no levantamento.

Outras greves no Metrô

Histórico dos últimos dez anos tem paralisações que duraram de duas horas a cinco dias:

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5 a 9 de junho de 2014

Maior greve dos últimos dez anos, durou cinco dias e terminou após a prisão de 42 funcionários. Os funcionários exigiam 12,2% de aumento e o Metrô ofereceu 8,7%, porcentagem acatada pela Justiça do Trabalho

16 de março de 2017

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Metrô e ônibus tiveram paralisações na cidade de São Paulo em meio a protestos contra reformas do governo Michel Temer. Protestos chegaram a 19 capitais

28 de abril de 2017

Metrô, ônibus e trens na capital paulista aderiram à convocação de uma greve geral nacional, a segunda paralisação do tipo naquele ano, que chegou às principais capitais; organizadores estimaram a paralisação em ao menos 35 milhões de trabalhadores

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18 de janeiro de 2018

Funcionários do Metrô fizeram paralisação de um dia em protesto contra a privatização das linhas 5-lilás e 17-ouro do monotrilho

14 de junho de 2019

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Metroviários fizeram uma paralisação de um dia em protesto contra a reforma da Previdência. As linhas do Metrô funcionaram parcialmente

28 de julho de 2020

Funcionários do Metrô aprovaram greve por reivindicações salariais, mas uma proposta do governo chegou no fim da noite anterior e foi votada durante a madrugada; a greve durou oficialmente menos de duas horas, mas afetou o funcionamento de estações

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19 de maio de 2021

Greve foi aprovada pela categoria após representantes do governo João Doria deixarem de comparecer em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho; paralisação durou um dia

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