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Cotidiano

Meningite: atraso no calendário de vacinação preocupa médicos

Alerta é importante para manter cobertura vacinal e evitar circulação da doença

Leonardo Sandre

24/05/2022 às 12:54  atualizado em 24/05/2022 às 14:01

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A meningite meningocócica é uma forma grave de meningite bacteriana, altamente contagiosa

A meningite meningocócica é uma forma grave de meningite bacteriana, altamente contagiosa | Andréia Copini/PMCS

Dia 24 de maio é o dia mundial da meningite. A cobertura vacinal no Brasil é de 92% até o ano de 2021, o que é considerado bastante adequado. No entanto, Rodrigo Benevenuto Cantalejo, médico infectologista da Unigranrio, afirma que pesquisas mostram que houve atraso de até 50% na aplicação das vacinas durante a pandemia de COVID-19 na procura dos pais pela imunização de seus filhos. E, com isso, retardo na atualização do calendário vacinal, que vem preocupando as autoridades sanitárias.

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A maior epidemia da doença na história do País ocorreu na cidade de São Paulo nos anos 70 quando chegou a registrar a média de 1,15 óbitos por dia em 1975, em plena ditadura militar no Brasil.

– No caso das meningites causadas por vírus, não existe tratamento específico, na grande maioria dos casos. Mas a evolução é benigna. No caso das meningites causadas por bactérias, usamos antibióticos potentes para erradicar a infecção, além de glicocorticóides (dexametasona) – destacou Rodrigo Cantalejo.

Todavia, a vacinação é a forma mais eficaz, simples e segura de prevenção da doença. Antes da introdução da vacina tríplice viral (para Rubéola, Sarampo e Caxumba), sarampo e caxumba estavam entre as principais causas de meningite e encefalite viral.

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Daniel Schachter, neurologista da Unigranrio, explica que encefalite é a infecção do cérebro, sem acometer tanto as meninges. – Recentemente, com a queda da adesão às vacinas, temos visto um aumento grande de casos de caxumba e sarampo, com consequente aumento de casos de meningites e encefalites por estes vírus, infelizmente causando até algumas mortes, que seriam evitáveis, se a adesão às vacinas fosse maior – alertou o médico.

– Às vezes o quadro clínico inicial se assemelha a uma gripe comum, mas em poucos dias pode haver a progressão para os sintomas clássicos. É importante lembrar sempre que meningites são graves e tendem a evoluir bem rápido, às vezes em poucas horas! Então é importante ter atenção redobrada quando surgir a combinação de febre, dor de cabeça e confusão mental ou sonolência – comentou Daniel.

O especialista lembra que quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhor será a chance de o paciente ter uma boa recuperação. E destaca que casos mais graves de meningite podem ter um índice alto de mortalidade: 30%, ou seja, mais de 3 em cada 10 não sobrevivem, mesmo com tratamento.

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– A atual campanha de vacinação para sarampo é por causa de uma redução da aderência às vacinas, em parte por essas campanhas antivacinas malucas que rolam nas redes sociais. A aplicação dos imunizantes é quase sempre por injeção intramuscular. Não podemos deixar de alertar a população sobre a importância da vacinação. O calendário está no site do Ministério da Saúde e as vacinas estão disponíveis no SUS – indicou o neurologista.

A DOENÇA

A meningite é uma inflamação dos fluídos e da membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por infecções advindas de bactérias, vírus, fungos ou parasitas, além de doenças não infecciosas como câncer e lúpus, por exemplo. A doença pode acometer pessoas de qualquer idade, mas crianças, em especial as menores, são as que estão sob maior risco. E o mais importante: se não for devidamente identificada e tratada, pode levar à óbito.

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SINTOMAS

Quadros de meningite se apresentam com:

• febre;

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• cefaleia (dor de cabeça); 

• vômitos;

• desidratação;

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• fotofobia (sensibilidade à luz)

• Nos casos mais graves, pode ocorrer sonolência;

• crises convulsivas (convulsões);

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• podendo levar o paciente ao coma.

PREVENÇÃO

Os médicos explicam que a prevenção e tratamento da doença depende da causa. A maioria dos agentes causadores é transmitido pelo contato pessoal com pessoas acometidas por estes germes. A transmissão se dá pelo contato com gotículas de saliva ou secreções corporais. Ou seja, a boa higiene das mãos e evitar o contato com pessoas sabidamente doentes é extremamente recomendado por especialistas.

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