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Cotidiano
Elevada à Catedral em 1745, igreja da Sé é uma das cinco maiores representantes do estilo neogótico do mundo
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Catedral da Sé | Reprodução Facebook
Se você já passeou pelo centro da cidade de São Paulo, provavelmente, já visitou, ou avistou, a Catedral da Sé. Com 111 metros de comprimento, 46 de largura, torres com 92 metros de altura e capacidade para 8 mil pessoas, a igreja é umas das maiores representantes do estilo neogótico do mundo. Porém, nem sempre foi assim.
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A história da Catedral da Sé, ou Catedral Metropolitana de São Paulo (o nome oficial), tem início em 1589, quando foi decidido que a Vila de São Paulo Piratininga precisava de uma igreja. O terreno foi escolhido pelo cacique Tibiriçá, o primeiro indígena a ser catequizado pelo padre José de Anchieta.
Feita em taipa de pilão (barro e palhas socados em formas de madeira), a igreja foi inaugurada em 1591 e foi elevada à condição de Catedral, ou seja transformada como sede da diocese, em 1745.
Por conta do título de Catedral, a igreja em taipa de pilão foi demolida e deu lugar à primeira versão da Catedral da Sé, em estilo barroco, fundada em 1764.
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Antiga Catedral da Sé, demolida em 1911 (Reprodução/Facebook)
A nova Catedral
A construção em estilo barroco foi a sede da diocese de São Paulo até 1911, quando precisou ser demolida devido ao alargamento da Praça da Sé.
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Para dar forma à versão atual foi chamado um arquiteto alemão, professor da Escola Politécnica, Maximilian Emil Hehl, que imprimiu à nova construção o estilo eclético, porém com predominância do neogótico.
A maior parte do material usado na igreja veio da Europa, o que atrasou a construção, que acabou sendo terminada pelo arquiteto Luís Inácio de Anhaia Melo, visto que Hehl faleceu três anos depois do início do projeto.
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Multidão concentrada na Praça da Sé pelas Diretas Já, em 1984 (Renato dos Anjos/Folhapress)
Restauração
A inauguração da nova Catedral deveria ter ocorrido em 1922, por conta do centenário da Independência do Brasil. Contudo devido aos atrasos na construção, provocados pelas duas guerras mundiais, a inauguração ocorreu somente em 1954, durante as comemorações dos 400 anos da cidade de São Paulo.
Após esse período, a igreja presenciou muitos momentos importantes da história do País, como o movimento pelas Diretas Já, que tomou conta da Praça da Sé em 1984, o ato inter-religioso em repúdio à morte do jornalista Vladmir Herzog, entre outros.
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No final dos anos 1990 e início dos anos 2000, a igreja ficou fechada para restauração, reabrindo em 2002. Em 2016, o templo seria tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).
Órgão da Catedral da Sé (Reprodução/Facebook)
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Órgão
A construção imponente da Catedral chama a atenção, mas não é a única. O templo conta com um órgão, de 12 mil tubos, fabricado em Milão, que é considerado o maior da América Latina. O instrumento foi doado à igreja em 1954 pela antiga fábrica de cervejas Antárctica.
Na igreja também há um carrilhão com 61 sinos, considerado um dos maiores do Brasil.
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Cripta da Catedral da Sé (Reprodução/Facebook)
Cripta
Outra área que merece destaque é a Cripta da Catedral da Sé. Localizada debaixo do altar principal, ela foi inaugurada em 1919 e conta com os sarcófagos de bispos, arcebispos e figuras importantes da história nacional, como a do cacique Tibiriçá, do regente do império Padre Diogo Antonio Feijó e, mais recentemente, do frade franciscano Dom Paulo Evaristo Arns.
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