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Cotidiano

Memória: você sabia que a igreja da Sé já existia em 1591?

Elevada à Catedral em 1745, igreja da Sé é uma das cinco maiores representantes do estilo neogótico do mundo

Gladys Magalhães

11/08/2022 às 14:51  atualizado em 12/08/2022 às 15:06

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Catedral da Sé

Catedral da Sé | Reprodução Facebook

Se você já passeou pelo centro da cidade de São Paulo, provavelmente, já visitou, ou avistou, a Catedral da Sé. Com 111 metros de comprimento, 46 de largura, torres com 92 metros de altura e capacidade para 8 mil pessoas, a igreja é umas das maiores representantes do estilo neogótico do mundo. Porém, nem sempre foi assim.

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A história da Catedral da Sé, ou Catedral Metropolitana de São Paulo (o nome oficial), tem início em 1589, quando foi decidido que a Vila de São Paulo Piratininga precisava de uma igreja. O terreno foi escolhido pelo cacique Tibiriçá, o primeiro indígena a ser catequizado pelo padre José de Anchieta.

Feita em taipa de pilão (barro e palhas socados em formas de madeira), a igreja foi inaugurada em 1591 e foi elevada à condição de Catedral, ou seja transformada como sede da diocese, em 1745.

Por conta do título de Catedral, a igreja em taipa de pilão foi demolida e deu lugar à primeira versão da Catedral da Sé, em estilo barroco, fundada em 1764.

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Antiga Catedral da Sé, demolida em 1911

 Antiga Catedral da Sé, demolida em 1911 (Reprodução/Facebook)

A nova Catedral
A construção em estilo barroco foi a sede da diocese de São Paulo até 1911, quando precisou ser demolida devido ao alargamento da Praça da Sé.

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Para dar forma à versão atual foi chamado um arquiteto alemão, professor da Escola Politécnica, Maximilian Emil Hehl, que imprimiu à nova construção o estilo eclético, porém com predominância do neogótico.

A maior parte do material usado na igreja veio da Europa, o que atrasou a construção, que acabou sendo terminada pelo arquiteto Luís Inácio de Anhaia Melo, visto que Hehl faleceu três anos depois do início do projeto.

Multidão concentrada na Praça da Sé pelas Diretas Já, em 1984

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Multidão concentrada na Praça da Sé pelas Diretas Já, em 1984  (Renato dos Anjos/Folhapress)

Restauração
A inauguração da nova Catedral deveria ter ocorrido em 1922, por conta do centenário da Independência do Brasil. Contudo devido aos atrasos na construção, provocados pelas duas guerras mundiais, a inauguração ocorreu somente em 1954, durante as comemorações dos 400 anos da cidade de São Paulo.

Após esse período, a igreja presenciou muitos momentos importantes da história do País, como o movimento pelas Diretas Já, que tomou conta da Praça da Sé em 1984, o ato inter-religioso em repúdio à morte do jornalista Vladmir Herzog, entre outros.

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No final dos anos 1990 e início dos anos 2000, a igreja ficou fechada para restauração, reabrindo em 2002. Em 2016, o templo seria tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).

Órgão da Catedral da Sé

Órgão da Catedral da Sé (Reprodução/Facebook)

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Órgão
A construção imponente da Catedral chama a atenção, mas não é a única. O templo conta com um órgão, de 12 mil tubos, fabricado em Milão, que é considerado o maior da América Latina. O instrumento foi doado à igreja em 1954 pela antiga fábrica de cervejas Antárctica.

Na igreja também há um carrilhão com 61 sinos, considerado um dos maiores do Brasil.

Cripta da Catedral da Sé

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Cripta da Catedral da Sé (Reprodução/Facebook)

Cripta
Outra área que merece destaque é a Cripta da Catedral da Sé. Localizada debaixo do altar principal, ela foi inaugurada em 1919 e conta com os sarcófagos de bispos, arcebispos e figuras importantes da história nacional, como a do cacique Tibiriçá, do regente do império Padre Diogo Antonio Feijó e, mais recentemente, do frade franciscano Dom Paulo Evaristo Arns.

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