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Cotidiano

Memória: Santo Amaro já foi município e lutou por emancipação

Os primeiros registros da região de Santo Amaro datam do século 16

Gladys Magalhães

02/06/2022 às 15:06

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Vista do Largo Treze de Maio, no bairro de Santo Amaro, em São Paulo, em 1986

Vista do Largo Treze de Maio, no bairro de Santo Amaro, em São Paulo, em 1986 | Alexandre Tokitaka / Folhapress

Localizado na zona sul de São Paulo, o distrito de Santo Amaro é um dos maiores da Capital, respondendo, junto com os bairros próximos, por 43% do total da superfície da cidade.

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Os primeiros registros de Santo Amaro datam do século 16, quando era ocupada por uma aldeia indígena chefiada por Caiubi. Naquela época, a região era conhecida por Jerubatuba. O nome Santo Amaro, por sua vez, só passou a ter ligação com a região por volta de 1680, depois que o padre José de Anchieta visitou a localidade e viu que ali poderia ser um povoado.

Para dar forma a este povoado, Anchieta ergueu uma capela, em terras doadas pelo casal português João Paes e Suzana Rodrigues, que também doaram uma imagem do santo italiano Santo Amaro, conhecido por proteger os carroceiros, carregadores e fabricantes de vela.

Alameda Santo Amaro no ano de 1936
Alameda Santo Amaro, no ano de 1936  (Divulgação/ PMSP)

Município de Santo Amaro
De sua fundação até meados dos anos 1800, a região ficou marcada pela chegada de colonos alemães, o que fez com que em suas terras fosse fundada a primeira colônia estrangeira do Brasil, segundo informações da Prefeitura de São Paulo.

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Em 1832, contudo, Santo Amaro se emancipou de São Paulo e virou um município, o que durou cerca de 100 anos. Neste período, foi inaugurada a linha férrea São Paulo a Santo Amaro, em 1886, e no ano de 1899, o então município ganhou a Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro. Já a igreja Matriz, hoje Catedral de Santo Amaro, foi inaugurada em 1924.

Santa Casa de Misericórdia de Santo AmaroSanta Casa de Misericórdia de Santo Amaro (Divulgação /ALESP)

De volta a São Paulo
De acordo com historiadores, a reincorporação de Santo Amaro a São Paulo teve início na Revolução de 1932. Isso porque, durante os combates, as tropas rebeldes ocuparam o Campo de Marte, o que levou o governo de Getúlio Vargas a construir o aeroporto de Congonhas.

Com a construção do aeroporto, o interventor Armando Sales de Oliveira extinguiu o município de Santo Amaro, que voltou a fazer parte da cidade de São Paulo, dando fim a uma reivindicação antiga da Capital, que já queria as terras de Santo Amaro de volta por conta da represa Guarapiranga, o que deixaria a cidade autossustentável.  Pesou ainda para a decisão, o fato de Santo Amaro dever 500 contos ao tesouro do Estado de São Paulo, valor que foi pago pela Capital depois da anexação.

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Entre os anos 1970 e 1990, moradores do bairro fizeram ao menos três movimentos para que Santo Amaro voltasse a ser um município, porém, nenhum com massiva adesão popular.

Registro do Largo Treze de Maio, em 1994
Camelôs no Largo Treze de Maio  em 1994 ( Rodney Suguita / Folhapress)

Largo Treze de Maio
Hoje, Santo Amaro é a referência para muitos moradores da região sul da Capital, com o Largo Treze de Maio sendo seu principal centro comercial.  No local, que já teve o nome de Largo do Jogo da Bola e Largo Tenente Adolfo é possível encontrar lojas populares e muitos ambulantes.  Em muitos casos, os comerciantes têm origem nordestina, visto que a região passou a atrair essa população em meados do século passado.  

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