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Cotidiano
Prédio em formato de pirâmide na Avenida Paulista surgiu no lugar de um palacete de família síria
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Prédio da FIESP surgiu em um concurso dos anos 1970 | /Julia Moraes/Fiesp
Quem passa pelo número 1313 da Avenida Paulista não deixa de notar o imponente prédio escuro, em formato de pirâmide, que abriga a sede de várias entidades, como Ciesp, Sesi-SP, Senai-SP, Instituto Roberto Simonsen, sindicatos e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que fez com que o edifício ficasse conhecido como 'Prédio da Fiesp'.
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A construção, entretanto, nem sempre esteve ali. Antes, o terreno abrigava o palacete Fuad Salem, pertencente ao empresário de origem síria Nagib Salem, que chegou ao Brasil em 1895. O casarão, construído na década de 1920, tinha piso em mármore e cerca de 60 cômodos, entre eles: sala de visitas, sala de banquetes, sala de música, sala de almoço, sala de chá e jardim de inverno.
Nagib viveu ali com a esposa e seus oito filhos até sua morte, em 1959, a tempo de ver sua casa servir de cenário para o filme “Nadando em Dinheiro”, de Mazzaroppi, filmado em 1952. Com o passar dos anos, o imóvel também foi o lar dos netos do empresário até ser vendido, em 1970, para a Fiesp.
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Concurso
De acordo com a Federação, a ideia inicial era de preservar o palacete e construir a sede da instituição na parte de trás do terreno. Contudo, o pedido teria sido negado pela Prefeitura.
A partir daí, a entidade promoveu um concurso para a construção da nova sede, no qual pediu aos participantes que desenvolvessem um projeto expressivo, “capaz de transformar o prédio em uma referência na cidade e no Brasil”, conforme consta em texto da série ‘Avenida Paulista’.
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O vencedor do concurso foi o escritório Rino Levi Arquitetos Associados, que criou um edifício de estrutura em dois blocos superpostos separado por um andar com função de pilotis (sistema de construção em que uma edificação é sustentada por meio de uma grelha de pilares em seu pavimento térreo).
Segundo consta, à época, o edifício, inaugurado em agosto de 1979, já possuía formato de pirâmide, mas não era possível notar de longe, como agora. Isso só aconteceria após a reforma de 1998, comandada pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha.
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Destaques
O prédio, cujo nome oficial é Luís Eulálio de Bueno Vidigal, em homenagem a um ex-presidente da Federação nos anos de 1980 a 1996, possui 92 metros de altura e 16 andares, além de abrigar teatro e galeria de artes em pavimento meio nível abaixo da Avenida Paulista.
Entre os seus atrativos, destaca-se um mosaico de mais de 515 metros, projetado pelo arquiteto Roberto Burle Marx (1909 – 1994), que pode ser apreciado na entrada do prédio pela Alameda Santos.
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Prédio Pop
Desde 2012, o edifício interage com a paisagem local por meio de uma galeria digital. Isso porque a fachada do prédio passou a funcionar como uma plataforma para a projeção de obras interativas ou imagens estáticas.
O efeito é conseguido por meio de um computador que transmite as imagens para a galeria a céu aberto formada por lâmpadas de led. Especialmente no Natal, as projeções costumam encantar quem passa pela Paulista.
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