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Cotidiano
Aniversário do bairro é comemorado no dia 12 de outubro. Mercado da Lapa, fábrica Santa Marina e Museu do Relógio estão entre os destaques
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Imagem aérea do bairro da Lapa e da Pompéia | /Rubens Chaves/Folhapress
Na próxima terça-feira, 12 de outubro, o bairro da Lapa completa 431 anos. Entretanto, as primeiras notícias sobre a região, que é considerada a origem da zona oeste paulistana, são datadas de 1581, ou seja, 440 anos atrás, quando os jesuítas receberam uma sesmaria próxima do Rio Emboaçava, hoje conhecido como Rio Pinheiros.
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Em meados do século 18, o destaque da região era a chamada “Fazendinha da Lapa”, que, segundo consta, teria recebido tal nome porque para que os religiosos recebessem a terra, eles se comprometeram a realizar uma missa anual para Nossa Senhora da Lapa.
Os jesuítas ficaram na região até 1743, quando migraram para a Baixada Santista. Com a saída deles, a região ficou praticamente desabitada, chegando a ter apenas cinco casas e 31 habitantes, em 1765.
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Urbanização
Em meados do século 19, contudo, a sorte do bairro da Lapa começou a mudar. A qualidade do barro nas margens do Rio Tietê, que também é próximo da região, começou a chamar a atenção, o que favoreceu o surgimento de algumas olarias.
Anos mais tarde, a região passou a contar com uma parada da estrada de ferro, que ligava Santos a Jundiaí. A implantação da estação favoreceu o loteamento de terras da região, o que atraiu muitos imigrantes, sobretudo italianos, e fez surgir as primeiras indústrias da região.
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Vidraria Santa Marina
Uma das fábricas que se instalaram no bairro foi a Vidraria Santa Marina. Fundada em 1895, além do acesso à estação de trem, a empresa se fixou no bairro por conta da proximidade com o Rio Tietê, que podia proporcionar os principais materiais para a fabricação de vidro: areia branca e água limpa.
Para a região, o surgimento da vidraria foi essencial. Isso porque a empresa resolveu construir uma vila operária no bairro para abrigar seus empregados, contribuindo para o povoamento e urbanização da região.
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Comércio
Com a chegada dos operários, começou a desenvolver-se o comércio da região. A chamada “Lapa de Baixo” foi a primeira ter a parte comercial desenvolvida, com o Largo da Lapa se tornando o primeiro polo comercial do bairro, nos primeiros anos do século 20.
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Já a chegada dos bondes influenciou o desenvolvimento do comércio na “Lapa de Cima”, o que segundo a Prefeitura de São Paulo, se concretizou na década de 1920, quando as ruas Cincinato Pomponet, 12 de Outubro e adjacências se tornaram polos comerciais importantes.
A partir dos anos 1940 até o final dos anos 1960, com a inauguração da rodovia Anhanguera e das marginais dos rios Pinheiros e Tietê, o comercio da região passou por um novo ‘boom’ de crescimento, sendo inaugurado, inclusive, o Mercado Municipal da Lapa.
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Mercado da Lapa
O Mercado da Lapa foi inaugurado no dia 24 de agosto de 1954, no mesmo local onde funcionava a maior feira livre da cidade de São Paulo.
Primeiramente, havia apenas 40 boxes e os principais frequentadores eram imigrantes europeus, em busca de produtos vindos de suas terras de origem, como vinhos, peixes, funghis italianos e azeites.
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Com o passar dos anos, o Mercado foi crescendo e hoje abriga quase 100 lojas, com diversos produtos, incluindo comida, bebida, itens de decoração, e se tornando um dos pontos turísticos do bairro.
Museu do Relógio
Outro ponto que costuma atrair visitantes para a Lapa é o Museu do Relógio Professor Dimas de Melo Pimenta, o único do gênero na América Latina.
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Aberto em 1975, o Museu conta com 650 peças, incluindo raridades, como o relógio “Despertador com Cafeteira”, que era tendência nos séculos 19 e 20.
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