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Cotidiano

Memória: entenda como São Paulo ganhou um horto florestal

Fundado há 126 anos, o verdadeiro nome do Horto Florestal é Parque Estadual Alberto Löfgren, uma homenagem ao seu idealizador

Gladys Magalhães

28/07/2022 às 16:18  atualizado em 28/07/2022 às 16:50

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Com 1.740.000 m², Horto Florestal possui diversas atrações

Com 1.740.000 m², Horto Florestal possui diversas atrações | Divulgação/ PMSP

 Uma das principais áreas verdes da zona norte de São Paulo, o Parque Estadual Alberto Löfgren, popularmente chamado de Horto Florestal, foi fundado em 10 de fevereiro de 1896, quando as terras do antigo Engenho Pedra Branca foram desapropriadas com o objetivo de se conservar a fauna e a flora nativas, além de se realizar ali pesquisas e produção de mudas.

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A ideia de que São Paulo deveria ter um horto foi do botânico sueco Alberto Löfgren, que fazia parte da seção de botânica da Comissão Geográfica e Geológica da então Província de São Paulo. Porém, o local só foi ser considerado Horto Florestal no ano de 1911. Antes, foi Horto Botânico (1896) e Horto Botânico e Florestal (1909).

A mudança para o nome de Horto Florestal ocorreu após a criação do Serviço Florestal do Estado que, segundo informações da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de SP, já naquela época, visava a recuperação da cobertura florestal do Estado que, por conta da agricultura, já tinha suas florestas nativas bem devastadas.

Há ainda outras datas importantes na história do Horto. De acordo com o gerente operacional da Urbia Águas Claras (atual gestora do espaço), Gustavo Ferraz, em 1963, o Horto recebeu o status de Parque Estadual, “o que demarca uma mudança nas atividades do parque, passando a configurar como uma Unidade de Conservação”, diz. Em 1983, a área foi tombada pelo Condephaat e, em 1993, a unidade ganhou o nome de seu idealizador, passando a chamar Parque Estadual Alberto Löfgren.

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Museu do Horto Florestal
Museu Florestal Octávio Vecchi (Divulgação/PMSP)

Museu Florestal Octávio Vecchi
Com 1.740.000 m², que incluem áreas de Mata Atlântica e espécies raras de flora e fauna, o Parque conta com outras atrações, como o Museu Florestal Octávio Vecchi.

Concebido no final da década de 1920 pelo então diretor do Serviço Florestal, Octávio Vecchi, e inaugurado em 1931, o museu também é conhecido como Museu da Madeira e acredita-se que possui o maior acervo de madeiras da América Latina.

No local é possível encontrar um diverso mostruário de madeiras, sementes, peças das escolas de xilografia, charão, aquarelas, marcenaria, marchetaria, um grande painel a óleo de Helios Seelinger, entre outras peças.

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“A arquitetura do edifício e os elementos nele contidos também acabam por ser importante acervo, dentre os quais destacam-se o mural de espécies nativas de Antônio Paim Vieira, vitrais de Casa Conrado e assoalhos entalhados em madeira”, comenta Gustavo.

Palécio do Horto Florestal
Palácio do Horto Florestal (Divulgação/PMSP)

Palácio do Horto Florestal
Outra atração do Parque é o Palácio do Horto Florestal, que foi construído em meados da década de 1930 para ser a sede do Serviço Florestal.

Por conta do clima e vegetação privilegiados, em 1949, durante o governo de Ademar Pereira de Barros, por meio de um decreto, o local foi transformado em residência de verão dos governadores do estado, o que durou até o ano de 2012.

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Atualmente, desde julho, é possível conhecer o casarão, que possui 19 cômodos, entre os quais seis banheiros, lavabo, terraço e piscina, ou uma parte dele. Isso porque, desde julho, a Urbia, em parceria com o restaurante O Velhão, passou a oferecer o “Café da Manhã no Palácio do Horto. A ação é paga e acontece aos sábados, domingos e feriados.

Por fim, vale destacar que pelo Horto Florestal passa-se o Trópico de Capricórnio e que no Parque é possível observar uma estátua de João Gualberto, conhecido como protetor das florestas do Estado de São Paulo, e instalada no local por monges beneditinos italianos em 1957.

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