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Cotidiano
Localizado na zona oeste da Capital, o valorizado bairro do Itaim Bibi já foi popular e sofreu com inundações
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Vista aérea do Itaim Bibi | Francisco Anzola/commons.wikimedia
Localizado na zona oeste da cidade de São Paulo, o bairro do Itaim Bibi possui um dos metros quadrados mais valorizados da Capital. Porém, nem sempre foi assim, a região já sofreu com inundações e por um bom período foi o lar de operários e pequenos comerciantes.
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A história do Itaim começa a ser moldada em 1896, quando o ex-governador de São Paulo, o general José Vieira Couto de Magalhães, comprou uma propriedade de 120 alqueires, conhecida como Chácara Itahy, que significa “pedra pequena”, na língua Tupi.
Segundo pesquisa de Rodrigo Pinto dos Santos, para a Universidade de São Paulo (USP), o general nem chegou a morar no local, visto que faleceu dois anos depois da compra, o que fez com que as terras passassem a ser de seu único filho, José Couto de Magalhães.
Afundado em dívidas, contudo, José acabou perdendo as terras para credores. A propriedade, porém, foi recuperada pelo seu tio, Leopoldo Couto de Magalhães, em 1907, quando ele arrematou as terras por cerca de 30 contos de reis.
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Leopoldo, que morava em Itu, se mudou então para a Capital e trouxe a família, incluindo o filho, Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, chamado pelas escravas de bibi, o que acredita-se ser “bebê”. O apelido lhe acompanhou até a vida adulta, quando ficou conhecido por “Seu Bibi”, o que fez com que suas terras ficassem conhecidas como os terrenos do “Seu Bibi”.
A família viveu no que hoje é chamado de “Casa Bandeirista”, na Rua Iguatemi, até a década de 1920, quando o local foi vendido e transformado no sanatório Casa de Saúde Bela Vista, que funcionou de 1927 até os anos 1980, tratando doentes mentais e dependentes químicos de famílias ricas.
Bairro operário
Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, o “Seu Bibi” foi quem iniciou as vendas dos primeiros loteamentos do bairro que se transformaria no Itaim Bibi. Ainda em meados dos anos 1920, ele começou a vender pequenos sítios para imigrantes italianos vindos do Bixiga, que passaram a produzir ali verduras e legumes para vender.
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A parte baixa do bairro, sujeita a alagamentos, por sua vez, foi vendida para um português, que acabou loteando as terras para operários.
Desenvolvimento
De acordo com historiadores, o desenvolvimento do Itaim Bibi começou a se acelerar na década de 1940, quando os primeiros córregos da região foram canalizados. Ainda assim, próximo ao rio Pinheiros, era possível encontrar barqueiros, olarias e portos de areia, que fabricavam tijolos e telhas.
Anos mais tarde, já na década de 1970, após a canalização do córrego do Sapateiro, a região começou a atrair mais moradores da classe média e, posteriormente, com a construção da Avenida Presidente Juscelino Kubitscheck, o metro quadrado tornou-se ainda mais valorizado, trazendo à região moradores de classe média alta e, consequentemente, um comércio mais sofisticado, além da verticalização do bairro.
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O segundo ‘boom’
O segundo boom de valorização da região ocorreu na década de 1990, com o prolongamento da Avenida Faria Lima, que passou a atrair diversos imóveis comerciais.
É nesta época que começam a surgir os grandes prédios espelhados da região, que hoje abrigam empresas de investimentos, grandes bancos e empresas de tecnologia.
Atualmente, além de ser conhecido como um bairro no qual se fecham grandes negócios, o Itaim Bibi também possui uma diversidade considerável de restaurantes e baladas, voltadas para um público de maior poder aquisitivo.
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