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Cotidiano

Memória: conheça a história da Vila Clementino

Diferente de outros bairros da cidade de São Paulo, a Vila Clementino não cresceu ao redor de uma igreja, mas sim de um matadouro

Gladys Magalhães

10/11/2022 às 14:30

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Vista aérea do  bairro de Vila Clementino, na zona sul de São Paulo

Vista aérea do bairro de Vila Clementino, na zona sul de São Paulo | Bruno Santos / Folhapress

Localizado na zona sul da cidade de São Paulo, o bairro de Vila Clementino foi fundado, oficialmente, em 1958; contudo, seus primeiros registros datam do final dos anos de 1800.

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Segundo consta, em 1891, José Antonio Coelho comprou uma chácara chamada de “Chácara Boa Vista” e, posteriormente, a loteou, abrindo ruas. Coelho nomeou o local como Vila Clementino, em homenagem a Clementino de Souza e Castro, um personagem importante da história de São Paulo, que exerceu, entre outras funções, o cargo de presidente do Conselho da Cidade de São Paulo, equivalente ao cargo de prefeito nos dias de hoje. 

Antigo Matadouro Municipal, que ficou na Vila Clementino de 1887 até 1927  - Foto: Reprodução
Antigo Matadouro Municipal, que ficou na Vila Clementino de 1887 até 1927 - Foto: Reprodução
Igrjea São Francisco de Assis, na rua Borges Lagoa - Foto: Reprodução
Igrjea São Francisco de Assis, na rua Borges Lagoa - Foto: Reprodução
Sede Liceu Pasteur - Foto: Reprodução/Facebook
Sede Liceu Pasteur - Foto: Reprodução/Facebook
Escola Paulista de Medicina - Foto: Divulgação/Unifesp
Escola Paulista de Medicina - Foto: Divulgação/Unifesp
Fachada da Cinemateca Brasileira - Foto: Rovena Rosa /Agência Brasil
Fachada da Cinemateca Brasileira - Foto: Rovena Rosa /Agência Brasil

Apesar de ser repetida em muitos lugares, a história do nome do bairro de Vila Clementino não é uma unanimidade. De acordo com o caderno de pesquisas “História dos Bairros de São Paulo”, o bairro de Vila Clementino se desenvolveu após a prefeitura ceder terrenos ao redor do matadouro municipal para a moradia de alguns funcionários públicos. Tempos depois, esses funcionários realizaram um movimento para exigir aumento de salário, o que foi atendido pelo então presidente do Conselho da Cidade, Clementino de Souza e Castro, o que teria feito tais moradores fazerem um abaixo-assinado para nomear a região em homenagem a Clementino.

O bairro e o matadouro
Independentemente da verdadeira origem do nome do bairro, o fato é que o matadouro municipal foi muito importante para a história da Vila Clementino, visto que, diferentemente de outras regiões de São Paulo, o bairro não se desenvolveu ao redor de uma igreja, mas sim do matadouro. 

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No início, o matadouro ficava no centro, próximo ao rio Itororó, onde hoje fica a avenida 23 de Maio. O rio ficava vermelho de sangue e a região exalava um mau cheiro, o que fez os moradores dos arredores exigirem a retirada do matadouro, que foi transferido para a periferia,  na época, a região de Vila Mariana e Vila Clementino.

O matadouro foi instalado na Vila Clementino em 5 de janeiro de 1887 e contribuiu para o povoamento da região, que passou a abrigar funcionários públicos e muitos imigrantes italianos, que vendiam miúdos de animais e ficaram conhecidos como tripeiros. 

O matadouro funcionou por 40 anos, quando fechou deu lugar à Cinemateca Brasileira, que conta com o maior acervo de filmes da América Latina, e ganhou os holofotes da imprensa em 2021, quando um incêndio tomou conta de um dos prédios da instituição, onde eram guardados rolos de filmes antigos, que faziam parte da história do audiovisual nacional.

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Progresso
Alguns registros revelam que até o início da década de 1960, a Vila Clementino era majoritariamente um bairro rural, formado por sítios e chácaras. A região não tinha energia elétrica e contava apenas com uma linha de bonde e uma de ônibus. Para diversão, os campos de futebol eram as únicas opções dos moradores locais. 

Com o passar dos anos, o bairro começou a atrair fábricas, comércio e serviços, como o colégio Liceu Pasteur, fundado em 1908, e a Escola Paulista de Medicina, em 1933. No ano de 1941, o bairro ganhou a Igreja de São Francisco de Assis, na rua Borges Lagoa, que hoje é a Paróquia São Francisco de Assis.

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