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Cotidiano

Memória: conheça a história da Galeria do Rock

Imóvel, localizado no centro da cidade de São Paulo, foi inaugurado no início da década de 1960 e abrigava mais de 100 alfaiates

Gladys Magalhães

26/05/2022 às 15:13

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Batizada de Centro Comercial Grandes Galerias, a Galeria do Rock foi inaugurada no ano de 1963

Batizada de Centro Comercial Grandes Galerias, a Galeria do Rock foi inaugurada no ano de 1963 | Reprodução/Facebook

Você conhece a Galeria do Rock? Localizada no centro da cidade de São Paulo, mais precisamente entre as ruas 24 de Maio e o Largo do Paysandu, na avenida São João, 439, a Galeria, batizada de Centro Comercial Grandes Galerias, foi inaugurada no ano de 1963 e antes de virar ponto turístico da Capital atravessou altos e baixos.

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Primeiramente, o prédio, cujo projeto é do escritório de arquitetura Siffredi e Bardelli, levou cerca de um ano para ser construído e teve todas as suas lojas vendidas em um único dia. Segundo publicações da época, no período, dominava o comércio têxtil no local, que era o maior centro comercial da cidade e contava com mais de 100 alfaiates, lojas de serigrafia e salões de beleza, que atraíam pessoas da alta sociedade paulistana.

No fim da década de 1960, contudo, com a chegada dos shoppings a São Paulo, a clientela mudou de lugar, o que fez os lojistas abandonarem a Galeria, que chegou a ficar praticamente abandonada por cerca de cinco anos.

Os rumos começaram a mudar em 1976, quando o vocalista da banda 'Olho Seco', Fábio Sampaio, resolveu abrir uma loja na Galeria, a loja punk Wop Bop, dando os primeiros sinais da característica musical do local.

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A abertura da loja, entretanto, começou a atrair além de punks, skinheads e headbangers e brigas entre as diferentes tribos passaram a ser comuns. A administração da época resolveu então proibir lojas de rock e semelhantes, mas os problemas não acabaram, visto que com o decorrer dos anos, o centro comercial abrigou muitos pontos de drogas e as brigas continuaram.

Reprodução
Projeto Galeria do Rock (Reprodução)

Um novo renascer
O ressurgimento da Galeria se deu no início dos anos 1990, quando Antonio de Souza Neto assumiu a administração do prédio. Ele revogou a proibição de lojas de rock, que passou a dominar no local, dando a fama que o prédio carrega até hoje.

Toninho da Galeria, como ficou conhecido, reformou o prédio e trouxe de volta a energia experimentada outrora, dando ainda uma conotação cultural à Galeria. Em 2016, ele inaugurou uma horta orgânica na cobertura do prédio, onde até antes da pandemia aconteciam aulas de agricultura orgânica.

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Hoje, segundo publicação da própria Galeria, o local recebe cerca de 510 mil pessoas por mês. Além das lojas voltadas a diversos gêneros musicais, é possível encontrar lojas de artigos esportivos, estúdios de piercings e tatuagens, e salões de beleza, sobretudo voltados ao público afro.

Projetada pelo Escritório de Arquitetura Siffredi e Bardelli, a Galeria possui 450 lojas (José Cordeiro/SPTuris)

Curiosidades
Dentre as curiosidades envolvendo a Galeria do Rock, está o fato do prédio ter sido tombado em 1992 pelo Conpresp, de ter entrado para o Guinness Book, no início dos anos 2010, por ser na época o local com a maior concentração de estabelecimentos voltados ao Rock ‘n roll, já ter sido cenário de novela, e ter recebido figuras ilustres, como Raul Seixas, Kurt Cobain e Bruce Dickinson.
 

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