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Cotidiano

Memória: bairro da Consolação já foi fronteira de São Paulo

Hoje, um dos pontos mais valorizados de São Paulo, bairro da Consolação já foi periferia

Gladys Magalhães

22/12/2022 às 08:00

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Rua da Consolação nos anos 1950

Rua da Consolação nos anos 1950 | Folhapress

O bairro da Consolação é um dos mais valorizados da região central de São Paulo. Para se ter ideia, uma apartamento pequeno nas redondezas tem aluguel na faixa dos R$ 2 mil. Mas a realidade nem sempre foi assim: o bairro já foi considerado periferia e era a fronteira da Capital.

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Segundo historiadores, a história da Consolação começa por volta de 1779, quando um grupo de devotos de Nossa Senhora da Consolação resolveu construir uma capela em taipa de pilão em homenagem à Santa. 

Cemitério da Consolação, em 1898 - Foto: Coleção MCSP DPH SMC PMSP
Cemitério da Consolação, em 1898 - Foto: Coleção MCSP DPH SMC PMSP
Igreja da Consolação - Foto: Jacques Royzen/Folhapress
Igreja da Consolação - Foto: Jacques Royzen/Folhapress

Na época, a região era formada por chácaras, que cultivavam hortaliças e frutas e, a hoje conhecida Rua da Consolação, era chamada de Caminho de Pinheiros, ou Estrada de Sorocaba, um caminho de terra, frequentado por tropeiros, que ligava São Paulo ao Rio Grande do Sul.

De Capela à Paróquia
Em meados de 1798, a antiga Capela de Nossa Senhora da Consolação foi demolida e deu lugar à Paróquia de Nossa Senhora da Consolação, o que atraiu mais moradores para a região. Quase um século depois, em 1855, foi criada a Irmandade de Nossa Senhora da Consolação, que tinha como objetivo amparar os doentes, vítimas de uma epidemia de cólera, que havia surgido na região.

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Por conta da epidemia, a instituição Santa Casa de Misericórdia doou à irmandade um prédio para que a irmandade pudesse tratar os atingidos pela doença e os acometidos pelo mal da Hansen.  Por conta disso e da igreja, o bairro acabou ganhando o nome de Consolação.

O grande número de doentes e a localização, até então periférica, fez também que a região recebesse dois cemitérios: o Cemitério da Consolação e o Cemitério do Araçá. Em matéria do jornal Folha de S. Paulo, de 1999, o escritor Ernani Silva Bruno, autor do livro "Histórias e Tradições da Cidade de São Paulo" fala um pouco do assunto.

“No século 19, a cidade terminava na Consolação. Na Igreja, ficava a última estação do bonde. Dali em diante, começava a estrada de Sorocaba. Por isso, o local era ideal para o descanso eterno dos antigos moradores de São Paulo.”

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Da periferia ao centro
A história do bairro começou a mudar com a inauguração da Avenida Paulista, em 1891. A partir daí, a região passou a atrair a elite paulista, formada na época pelos barões do café, sendo que a região chegou a abrigar um velódromo, visto que o ciclismo era um esporte que estava crescendo na Europa.

Alguns anos depois, os nobres acabaram migrando para outras regiões da cidade, mas, a Consolação não perdeu o seu charme e hoje tem uma vida cultural rica e é um dos redutos da vida noturna da cidade.

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