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Cotidiano
Reformado recentemente, Vale do Anhangabaú já foi plantação de chá, parque e avenida
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Novo Vale do Anhangabaú, após a conclusão da última reforma | Rivaldo Gomes/ Folhapress
Pista de skate, jatos d’água e pontos luminosos fazem parte da paisagem do Vale do Anhangabaú, um dos cartões postais da cidade de São Paulo, reformado recentemente. Entretanto, nem sempre foi assim, localizada no centro da Capital, a região já passou por diversas mudanças.
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Até meados do século 19, o Vale do Anhangabaú era uma chácara que pertencia ao Barão de Itapetininga e onde se plantava chá e agrião. No local, passava um rio, o Ribeirão do Anhangabaú, cujo nome acredita-se ter sido dado por indígenas que habitaram a região, e que significa ”água venenosa”, pelo fato de suas águas serem bastante férrea e ácida.
Até o final do século 19, a região do Vale do Anhangabaú era considerada um entrave à modernização de São Paulo. Tudo começa a mudar com a construção do Viaduto do Chá, ocorrida entre 1877 e 1892 e, depois, com a canalização do Ribeirão Anhangabaú, em 1906.
No período que compreendeu a construção do Viaduto do Chá e a canalização do rio, as chácaras que existiam na região foram desapropriadas. Alguns anos depois, em 1910, a região foi arborizada e transformou-se em um parque, que durou até o final da década de 1930.
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Com o fim do Parque do Anhangabaú, o Vale ganhou uma via expressa de cerca de 50 metros, que fazia a ligação Norte-Sul.
Na década de 1980, após um concurso da Prefeitura para remodelar o Vale, os urbanistas Jorge Wilhem e Rosa Kliass, vencedores do concurso, resolveram construir uma laje no local, sobre a via expressa, fazendo com que o tráfego de automóveis ficasse sob o Vale, transformado em um boulevard, que alguns anos depois, em abril de 1984, abrigou a maior manifestação pelas “Diretas Já”, reunindo mais de um milhão de pessoas.
Além do movimento pelas “Diretas Já”, o Vale do Anhangabaú passou a receber diversos eventos com o passar dos anos, como a Virada Cultural, ou mesmo telões para exibir os jogos de diversas Copas do Mundo.
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A última grande reforma começou em 2013 e foi concluída em 2021, custando R$ 105,6 milhões.
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