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Cotidiano
Fundado em 1927, Instituto surgiu da necessidade do combate a uma praga do café e hoje possui o maior cafezal urbano do mundo
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Fundado em 1927, instituto surgiu da necessidade do combate a uma praga do café e hoje possui o maior cafezal urbano do mundo | /Divulgação/Governo do Estado
O ano era 1924 e uma praga terrível, chamada Broca-do-café (Hypothenemus hampei), assolava os cafezais paulistas, perfurando as cerejas e desvalorizando o produto. Diante do crescente prejuízo, o então secretário da agricultura do estado de São Paulo, Gabriel Ribeiro dos Santos, constituiu uma comissão para o estudo da praga, que viria a se tornar, em dezembro de 1927, o Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal e, anos mais tarde, em 1937, se transformaria no Instituto Biológico.
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Localizado atualmente no bairro de Vila Mariana, primeiramente, o Instituto Biológico ocupava vários prédios alugados, espalhados em diversos bairros da Capital e até em outros municípios, como Santos. Porém, em 1928, essa realidade começou a mudar; isso porque uma área de 239 mil m² foi doada pela Prefeitura para a construção do Instituto.
Conhecida como “Campo do Barreto”, a área era pouco valorizada, por ser um local de várzea, com muitas aves. Alguns anos mais tarde, uma parte desse extenso terreno foi doada ao Parque do Ibirapuera e ao Instituto ficou cerca de 124 mil m² do espaço, chamado de “Invernada dos Bombeiros”.
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Patrimônio histórico
Projetado pelo arquiteto Mário Whatey, o edifício principal do Instituto Biológico demorou 17 anos para ficar pronto. As obras começaram em 1928, mas o prédio só foi inaugurado em 1945. Em março de 2002, o Conjunto Arquitetônico do Instituto foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arquitetônico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), como bem cultural de interesse histórico, arquitetônico e turístico.
Segundo a responsável pelo Centro de Memória do Instituto Biológico (IB-APTA), Márcia Rebouças, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, a construção tem influência do estilo art déco, movimento adquirido por meio da concepção artística europeia “Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes”).
“O movimento foi iniciado em 1925 e trazido para São Paulo entre 1928 e 1930. Esse mesmo estilo foi utilizado em outros projetos arquitetônicos importantes na cidade de São Paulo, como a Biblioteca Mário de Andrade; o Viaduto do Chá; o Banco de São Paulo; o Edifício das Bandeiras e o Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera”, explica Rebouças.
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Além de ser um patrimônio histórico da cidade, com influência europeia, o prédio do Instituto Biológico guarda uma curiosidade: no ano de 1932, quando São Paulo lutava contra as forças do Governo, o pátio do Instituto serviu de acampamento para os soldados gaúchos.
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Maior cafezal urbano do mundo
Desde sua fundação, o Instituto Biológico se destaca por suas pesquisas e, hoje, atua fortemente nas soluções para a sanidade animal, vegetal e proteção ambiental, sendo a única instituição brasileira autorizada a produzir imunobiológicos, utilizados para o diagnóstico de brucelose e tuberculose em animais de produção.
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Porém a forma pela qual a instituição mais se aproxima da população leiga é por meio de seu cafezal e do Planeta Inseto. O primeiro fica na sede do Instituto e conta com cerca de 2 mil pés de café, o que o transforma no maior cafezal urbano do mundo.
Em 2020, foram colhidas cerca de uma tonelada de grãos no cafezal, originando em torno de 600 kg de café após o beneficiamento. O produto é doado ao Fundo Social do Estado de São Paulo.
Segundo o Instituto, por meio de visitas monitoradas, a população pode conhecer o cafezal, a história do café e seu manejo.
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Planeta Inseto
O Planeta Inseto, por sua vez, funciona a alguns metros da sede do Instituto, no Museu do Instituto Biológico, e é o único jardim zoológico de insetos do Brasil.
Por lá, é possível entender a importância dos insetos para a sustentabilidade ambiental e produção de alimentos, além de observar colmeias em plena atividade, lagartas tecendo fio de seda e até corrida de baratas.
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