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Cotidiano

Memória: a história de Pinheiros, o bairro mais antigo de São Paulo

Segundo historiadores, bairro surgiu em 1562 após indígenas perderem um ataque a São Paulo e migrarem para a região

Gladys Magalhães

20/04/2022 às 13:42  atualizado em 20/04/2022 às 15:53

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Vista aérea do bairro de Pinheiros, em São Paulo

Vista aérea do bairro de Pinheiros, em São Paulo | Jorge Araújo / Folhapress

De acordo com a Prefeitura da cidade de São Paulo, o bairro de Pinheiros, localizado na zona oeste da Capital, foi fundado em 1562 e é considerado o bairro mais antigo do município.

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A fundação se deu após um grupo de índios fracassar em um ataque a São Paulo e migrar para a região, que também chegou a abrigar diversos quilombos. Devido à topografia, negros e indígenas escolhiam a região para morar. Porém, com o passar dos anos, Pinheiros também passou a fazer parte do cotidiano dos Bandeirantes, que utilizavam uma ponte sobre o rio, para acessar as vilas que começavam a surgir ao sul da região.

Primeiramente de madeira, a ponte era constantemente reconstruída devido às chuvas e aos alagamentos, que a destruíam. Somente em 1865, ela ganhou uma versão de metal, que acabou também por impactar no desenvolvimento da região.

Movimento de consumidores e comerciantes no Mercado Municipal de Pinheiros, nessa época chamado de entreposto de Pinheiros  19-09-1954

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Desenvolvimento
Depois da ponte, em 1876, foi a vez da construção da estrada que ligava Pinheiros a Santo Amaro, o que, seria hoje, a Avenida Faria Lima. Porém, foi somente no século 19 que o desenvolvimento ganhou impulso, deixando a região de ter sua economia baseada exclusivamente na agricultura e nas olarias, por conta da quantidade abundante de argila.

Entre o final do século 19 e o início do século 20, Pinheiros ganhou suas primeiras padarias, além de uma linha de bonde que ligava a região ao centro da cidade.

Em 1910, foi a vez de surgir o Mercado de Pinheiros, no qual agricultores locais e de cidades próximas, como Cotia, vendiam seus produtos, dentre os quais um dos principais era a batata, surgindo daí o nome de Largo da Batata.

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Sobre o nome do bairro, contudo, não há uma unanimidade de versões. Há quem diga que é uma adaptação da palavra indígena “Pi-iêrê”, que significa derramado e faz uma alusão ao transbordamento das margens do rio Pinheiros e há quem acredite que se deve ao fato da região ter abrigado um bosque que possuía árvores do tipo Pinheiro.

Fachada do Instituto Tomie Ohtake

Comércio e cultura
Com o passar dos anos, o bairro de Pinheiros se estabeleceu como um dos mais importantes da cidade. O atual Mercado Municipal de Pinheiros, por exemplo, foi inaugurado em 1971 e conta hoje com 40 boxes, incluindo restaurantes famosos, como uma filial do Restaurante Mocotó, a pizzaria Napole Cetrali e a Comedoria Gonzales, especializada em culinária latina.

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Algumas ruas do bairro também se destacam, como a famosa Teodoro Sampaio, que possui um farto comércio de móveis e instrumentos musicais.

Outro destaque da região é o Instituto Tomie Ohtake. Inaugurado em 2001, ele homenageia a artista plástica japonesa, naturalizada brasileira, Tomie Ohtake, que faleceu em 2015 aos 101 anos. O foco do Instituto é a realização de mostras nacionais e internacionais de artes plásticas, arquitetura e design.

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