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Cotidiano

Memória: o surgimento da Rodoviária do Tietê, a segunda maior do mundo

Rodoviária do Tietê surgiu para substituir a defasada Rodoviária da Luz

Gladys Magalhães

25/08/2022 às 15:37

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Placa de inauguração da Rodoviária do Tietê

Placa de inauguração da Rodoviária do Tietê | Reprodução/cidadedesaopaulo

Tida como a maior rodoviária da América Latina e a segunda maior do mundo, atrás apenas da de Nova York, a Rodoviária do Tietê nasceu de uma parceria do metrô e de órgãos dos governos estadual e federal da época, com o intuito de diminuir o fluxo da então Rodoviária da Luz. Porém, os fatos que resultaram na rodoviária começaram no início do século passado.

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Em meados dos anos de 1920, a cidade de São Paulo não contava com uma rodoviária, propriamente dita. Segundo consta, as linhas de ônibus que atendiam outras cidades e estados costumavam realizar o embarque e desembarque na rua, especialmente nas avenidas Ipiranga e Cásper Líbero, além das regiões do Brás e da Luz.

Alguns anos depois, nos anos 1930, o crescimento da industrialização passou a atrair trabalhadores de diversas regiões do estado e também do país, o que tornou o embarque e desembarque dos passageiros nas ruas da capital paulista impraticável.

Terminal Rodoviário da LuzTerminal Rodoviário da Luz  - Reprodução/sãopauloantiga

A Rodoviária da Luz
O crescimento do serviço de ônibus intermunicipal fez surgir a necessidade de um espaço rodoviário, o que aconteceu no ano de 1961, quando foi inaugurado o Terminal Rodoviário da Luz.

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Por alguns anos, o espaço supriu a necessidade da cidade. Porém, foi por pouco tempo. Em alguns anos, a demanda de passageiros cresceu e tornou a rodoviária obsoleta e saturada. Por conta das ruas pequenas da região e do trânsito, os ônibus estavam constantemente atrasados, chegando a atrasar cerca de seis horas, sendo que, muitas vezes, era necessário mais de uma hora para que o veículo conseguisse deixar as plataformas do terminal e alcançar a Marginal Tietê.

Rodoviária do Tietê na época de sua construçãoRodoviária do Tietê na época de sua construção - Reprodução/cidadedesaopaulo

Tietê
Com tantos transtornos, a ideia de que a cidade precisava de novos terminais rodoviários ganhou força e, em 1977, o Terminal Rodoviário Governador Carvalho Pinto, popularmente conhecido como Rodoviária do Tietê, começou a ganhar forma, saindo do papel em 1979 e sendo inaugurado em 1982, como um de seus pontos positivos, estava a proximidade com a Marginal Tietê.

Com cerca de 120 mil m², atualmente, sendo 54 mil m² de área construída, o Terminal conta com 74 empresas rodoviárias, 129 bilheterias e aproximadamente 300 linhas de ônibus que atendem a 1.033 cidades. Os dados são da Socicam, empresa responsável pela administração da rodoviária.

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O Terminal atende 21 estados e cinco países da América Latina (Argentina, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai). Segundo a Socicam,  diariamente circulam pelo local uma média de 90 mil pessoas.

De acordo com a plataforma de venda de passagens Deônibus, as viagens mais procuradas na Rodoviária do Tietê são para o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Ribeirão Preto, Cabo Frio, Campos do Jordão, Curitiba, Ubatuba, Bragança Paulista, Paraty, Caraguatatuba e Indaiatuba.

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