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Cotidiano
Clientes da Enel estão sem luz há mais de 60 horas, desde o temporal que atingiu o Estado, na última sexta
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Cerca de 354 mil imóveis continuam sem luz na capital paulista | Paulo Pinto/Agência Brasil
Cerca de meio milhão de pessoas ainda sofrem com a falta de energia elétrica em São Paulo e na Grande São Paulo, na manhã desta segunda-feira (14/10).
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Com isso, já são mais de 60 horas sem energia desde o temporal que atingiu o estado, na última sexta-feira (11/10).
No terceiro dia de apagão, segundo a Enel, cerca de 354 mil imóveis continuam sem luz na capital paulista, 36,9 mil, em Cotia, enquanto em Taboão da Serra são 32,7 mil imóveis e em São Bernardo do Campo, 38,1 mil imóveis.
De acordo com nota da Enel, até as 5h40 desta segunda, 1,5 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado.
No domingo (13/10), um grupo de moradores de Parelheiros, na zona sul de São Paulo, fechou uma avenida da região com galhos de árvore em chamas para protestar contra a falta de energia em parte do bairro.
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A empresária Raquel Fernanda Rodrigues Nunes diz que ainda não contabilizou o prejuízo, mas sabe que foi alto. O carro dela foi um dos atingidos por uma árvore, que caiu sobre quatro carros e duas motos na rua Francisco Alves Quinta, no Jardim Taboão, em São Paulo.
Ela é dona de uma escola de dança e precisou suspender as aulas de sábado (12/10) e desta segunda (14/10), já que continua sem energia. A empresária conta que a árvore ainda está sobre os carros e que desde sexta à noite há jogo de empurra entre Prefeitura, Defesa Civil e Enel para a retirada da árvore.
“Uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve aqui e disse que até poderia nos ajudar, mas que a responsabilidade seria da prefeitura, que diz que dependia da Enel, enfim, a questão é que às 10h30 de segunda-feira e ainda estamos sem resolver o problema”, diz.
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A concessionária enviou mensagem de texto para alguns consumidores em que informava que a previsão para o retorno à normalidade seria esta segunda, em horários diferentes. Ainda no domingo, havia 900 mil clientes sem energia na cidade de São Paulo e na região metropolitana.
Segundo o Procon-SP, moradores e comerciantes podem ser ressarcidos por prejuízos causados pela queda de energia.
Para o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, a Enel não cumpriu o plano de contingência para eventos climáticos extremos e colocou menos funcionários em campo do que o esperado após a tempestade que atingiu São Paulo.
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Por meio de nota, o Ministério de Minas e de Minas e Energia estabeleceu sala de situação e determinou, no sábado (12/10), ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que a mesma cumpra com o dever de cobrar celeridade da distribuidora Enel, no sentido de garantir o rápido restabelecimento de energia elétrica na região metropolitana de São Paulo.
De acordo com o MME, a agência claramente se mostra falha na fiscalização da distribuidora de energia, uma vez que o histórico de problemas da Enel ocorre reiteradamente em São Paulo e também em outras áreas de concessão da empresa.
“Mostrando novamente falta de compromisso com a população, a agência reguladora não deu qualquer andamento ao processo que poderia levar à caducidade da distribuidora, requerido há meses pelo Ministério, o que deve ensejar a apuração da atuação da ANEEL junto aos órgãos de controle.”
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O MME esclarece ainda que não há qualquer indicativo de renovação da concessão da distribuidora em São Paulo e que a falta de apuração adequada da Aneel no caso não pode ser justificada.
O Governo Federal editou decreto que estabelece critérios mais rigorosos de avaliação de desempenho das concessionárias, além de ampliar a previsão de investimentos, garantir a qualidade do atendimento e melhorar a prestação do serviço à população.
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