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Cotidiano

Médico urologista fala sobre a reposição hormonal, um tabu ainda para muitos homens

Tema voltou a ser discutido após Anvisa recolher lotes falsificados de medicamento para repor testosterona

Luana Fernandes

24/03/2023 às 14:11  atualizado em 24/03/2023 às 14:13

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Reconhecimento da baixa dosagem de testosterona no sangue acontece quando indivíduos apresentam sintomas da sua deficiência

Reconhecimento da baixa dosagem de testosterona no sangue acontece quando indivíduos apresentam sintomas da sua deficiência | Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recolheu e proibiu a comercialização de lotes falsificados de Durateston®, um dos medicamentos mais utilizados para reposição hormonal de testosterona, alertando os consumidores a sempre procurarem estabelecimentos confiáveis para adquirir remédios, solicitar nota fiscal e, neste fármaco, antes de administrar o medicamento, confirmar na bula se é da farmacêutica Aspen Pharma.

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O fato é que a notícia acendeu novamente o tema considerado repleto de tabus e dúvidas por muitos homens: a reposição hormonal masculina, que nada mais é do que a administração de hormônios que estão deficientes devido alguma situação que levou suas glândulas a produzirem menos do que o necessário para o bom funcionamento do organismo.

No caso, o hormônio presente nos homens, e que os levam a procurar o urologista, é a testosterona. O médico urologista Heleno Diegues Paes explica quando sua reposição deve ser feita: “A reposição de testosterona é indicada para quem apresenta sintomas da sua deficiência e comprovação laboratorial de que os níveis estão baixos. Não há uma idade certa para isto ocorrer, nem ocorrerá em todos os homens. Mas é mais comum com o envelhecimento”.

O reconhecimento da baixa dosagem de testosterona no sangue acontece quando indivíduos apresentam sintomas da sua deficiência. Mas, o Dr. Heleno ressalta que o exame não é indicado como check-up em indivíduos saudáveis e assintomáticos, já que isso poderá levar a resultados falso-positivos e risco de tratamentos desnecessários.

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“Os sintomas da testosterona baixa são diminuição do desejo sexual, ganho de peso, cansaço, astenia, sonolência, depressão, perda de massa muscular, diminuição da densidade óssea e diminuição da velocidade de crescimento dos pêlos corporais. Em qualquer um desses casos é indicado acender o alerta e procurar um urologista”.

Em caso positivo

Após constatada por um profissional qualificado a necessidade da reposição hormonal masculina, existem diversas apresentações possíveis das medicações com testosterona. As mais comuns são as injetáveis, de aplicação intramuscular, e as transdérmicas, na forma de gel.

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Mas existem também comprimidos, adesivos cutâneos, intranasal e implantes subcutâneos. E qual a melhor maneira? O especialista é bastante claro: “É aquela que seja mais cômoda, tenha menos efeitos colaterais e preço compatível com sua realidade financeira, ou seja, cada pessoa terá uma forma melhor para si mesma. Isso será decidido entre o paciente e o médico”.

Homens jovens que possuem deficiência de testosterona geralmente são inférteis. Para quem pretende manter um potencial reprodutivo, é preciso avaliar se há uma reserva testicular que permita a espermatogênese.

Agora, se existir essa reserva, o urologista afirma que o tratamento não deverá ser feito com uso de testosterona, mas de gonadotrofinas, que são hormônios derivados da hipófise que estimularão o funcionamento dos testículos. Ele lembra, ainda, que homens saudáveis, que usam testosterona com finalidade estética, visando o anabolismo, fatalmente terão um prejuízo na fertilidade.

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E mesmo trazendo diversos benefícios para a saúde, como a melhora dos sintomas e, consequentemente, da qualidade de vida, Dr. Heleno alerta para os efeitos colaterais que isso poderá gerar.

“Por isso, o tratamento deve ser realizado por um médico especialista no assunto. São necessários exames de monitoramento ao longo do uso dos remédios. Dentre os efeitos adversos cito o aumento da concentração dos glóbulos vermelhos, eventos tromboembólicos, elevação das transaminases hepáticas, aumento do volume prostático e consequente piora dos sintomas urinários, dislipidemia, aumento do risco cardiovascular”.

Confirmando o diagnóstico da deficiência androgênica, devido insuficiência testicular, o tratamento da reposição hormonal masculina é para a vida toda.

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