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Cotidiano
Bolsonaro, que em 2018 criticava o uso do "Fundão", já recebeu R$ 10 milhões de seu partido para a campanha
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O primeiro turno de votação está marcado para 2 de outubro. | Antonio Augusto/Ascom/TSE
Com 14 dias de campanha oficial, empresas dos marqueteiros de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Ciro Gomes (PDT) lideram o ranking de gastos declarados pelos candidatos em todo o País.
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De acordo com o sistema de divulgação de informações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Lula informou até a tarde desta segunda-feira (29) o maior custo de marketing, R$ 26,9 milhões, sendo a maior parte, R$ 25,9 milhões, para a M4 Comunicação e Propaganda, que tem Sidônio Pereira entre os sócios.
Já Ciro declarou custo até agora de R$ 5,2 milhões com propaganda em rádio e TV, sendo R$ 3 milhões para a Santana e Associados Marketing e Propaganda, de João Santana –marqueteiro das vitoriosas campanhas do PT em 2006, 2010 e 2014 e hoje rompido com o partido.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) não declarou até esta segunda gasto com seu marketing eleitoral.
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Até o momento, os candidatos a todos os cargos declararam desembolsos, no geral, que chegam a R$ 232 milhões.
Bolsonaro e o candidato do Novo, Luiz Felipe D'Ávila, lideram o recebimento de doações privadas entre os presidenciáveis.
Bolsonaro já arrecadou R$ 1,5 milhão em recursos privados, com destaque para as doações do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet (R$ 501 mil) e do empresário Gilson Lari Trennepohl (R$ 350 mil), vice-prefeito da cidade de Não-Me-Toque (RS).
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Luiz Felipe d'Ávila recebeu, via Novo, R$ 500 mil de 11 doadores, entre eles os empresários Abílio Diniz, do Carrefour (R$ 100 mil), e Eugenio Mattar (R$ 100 mil), da Localiza.
Até o momento, Lula é o que informou o maior recebimento de verba pública de campanha, R$ 66,7 milhões do fundo eleitoral do PT. O teto de gastos dos presidenciáveis no primeiro turno é de R$ 88,9 milhões.
Bolsonaro recebeu R$ 10 milhões do fundo partidário do PL. Em 2020 ele chegou a recomendar aos seus apoiadores que não votassem em candidatos que usassem verbas do fundo eleitoral (os dois fundos, partidário e eleitoral, são a principal fonte de recursos públicos para as campanhas).
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Neste ano, o discurso mudou. Tanto ele como outros bolsonaristas que execravam publicamente políticos que usavam dinheiro público nas campanhas agora fazem o mesmo.
Carla Zambelli (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por exemplo, já receberam R$ 1 milhão e R$ 500 mil, respectivamente, do fundão eleitoral.
Mesmo sem incluir as doações privadas, essa será a eleição mais cara da história, com o direcionamento aos candidatos de cerca de R$ 6 bilhões em verba pública, além de renúncia fiscal de cerca de R$ 740 milhões pela veiculação da propaganda eleitoral no rádio e na TV.
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A verba pública é distribuída, na quase totalidade, de acordo com o peso dos partidos no Congresso.
Apesar de as empresas terem sido proibidas de fazer doações a políticos e candidatos a partir de 2015, o financiamento empresarial continua de pé, em menor volume, por meio de contribuições feitas por executivos das companhias.
Até o momento, o TSE informa ter havido doações privadas a todos os candidatos no valor de R$ 104 milhões. Junta-se a esse financiamento privado o dinheiro próprio usado pelos políticos, que até agora somam R$ 46 milhões.
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Até o momento, o ex-secretário de Desestatização de Bolsonaro, Salim Mattar, da Localiza, é o maior doador individual, com R$ 2,8 milhões repassados para 19 candidatos.
Ele informou por meio de sua assessoria que "está apoiando predominantemente, mas não exclusivamente, candidatos a governador, senador, deputado federal e deputado estadual, pelo partido Novo, de cujos valores liberais compartilha".
Todas as doações estão em conformidade com as regras da Justiça Eleitoral e respeitam o limite de 10% de seus rendimentos brutos no ano anterior, acrescentou.
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