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Cotidiano

Manifestações pelo mundo cobram paradeiro de indigenista e jornalista

'O governo brasileiro deve fazer mais para encontrar Dom e Bruno', pedem os manifestantes

09/06/2022 às 10:58  atualizado em 09/06/2022 às 11:08

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Veículos urbanos de mídia exibem rosto dos dois homens desaparecidos na Amazônia

Veículos urbanos de mídia exibem rosto dos dois homens desaparecidos na Amazônia | Reprodução/Twitter

Em silêncio e segurando rosas e cartazes com as imagens do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, um grupo de manifestantes faz uma vigília ao lado de fora da Embaixada do Brasil em Londres para que o governo brasileiro reforce as buscas pelos dois, desaparecidos desde domingo (5) na região do Vale do Javari (AM).

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"O governo brasileiro deve fazer mais para encontrar Dom e Bruno", pedem os manifestantes. A vigília é organizada pelo Greenpeace britânico.


Em publicação nas redes sociais, a organização ambiental afirmou que o desaparecimento ocorre em meio ao aprofundamento da política anti-indígena do governo de Jair Bolsonaro (PL).


"Bolsonaro está tentando acabar com a estrutura legal que protege os recursos naturais e os direitos fundamentais dos povos indígenas no Brasil", diz o Greenpeace britânico.

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Para a organização, as atitudes do presidente estimulam grileiros, garimpeiros e madeireiros ilegais a invadir terras indígenas na Amazônia.


"Atualmente tramitam no Congresso Nacional diversos projetos de lei que ameaçam as terras indígenas. Enquanto isso continuar, os povos indígenas e seus lares estarão em grave perigo", afirma o Greenpeace.


Em inglês, a organização pediu que o governo brasileiro, o Ministério da Justiça, a Polícia Federal e a Embaixada do Brasil mobilizem todos os esforços necessários para encontrar o indigenista e o jornalista.

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"Qualquer coisa menos do que isso só mostra como estão incentivando a violência contra aqueles que defendem a Amazônia e seu povo", publicou a organização.


Phillips e Pereira desapareceram enquanto viajavam da comunidade de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte. O trajeto deveria durar cerca de duas horas, mas ambos não retornaram à cidade.


Segundo a Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) e o Opi (Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato), o último registro que se tem dos dois aconteceu na manhã do domingo, na comunidade de São Rafael.

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As entidades afirmam que o indigenista sofria ameaças.

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