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Hábito de leitura diminuiu ao longo dos anos no País | Freepik
Pela primeira vez, a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil revelou que mais da metade dos brasileiros não lê livros. O levantamento é conduzido pelo Instituto Pró-Livro e foi divulgado pelo Ipec nesta terça-feira (19/11).
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De acordo com o levantamento, 53% dos entrevistados declararam que não leram sequer parte de uma obra — seja impressa ou digital — nos três meses anteriores à entrevista. O percentual inclui desde livros literários até didáticos e religiosos, como a Bíblia.
O estudo foi realizado entre os meses de abril e julho de 2023, abrangendo 5.504 pessoas em 208 municípios brasileiros.
Os dados indicam que, entre 2018 e 2023, o país perdeu 6,7 milhões de leitores, com o número total de não leitores alcançando seu maior patamar histórico.
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Desde 2015, o Brasil já registrou uma queda acumulada de mais de 11 milhões de leitores, revelando uma tendência preocupante de desinteresse pela leitura.
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Os resultados também mostram que o desinteresse pela leitura se intensifica em quase todas as faixas etárias, sendo mais acentuado entre os adultos de 30 a 39 anos, em que houve uma redução de oito pontos percentuais no índice de leitores.
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Entre os adolescentes de 14 a 17 anos, o hábito de ler ainda é mantido por 62%, mas diminui para 53% entre jovens de 18 a 24 anos.
Entre as exceções, estão as crianças de 11 a 13 anos, cuja taxa de leitura se manteve em 81%, e os idosos acima de 70 anos, que demonstraram um leve aumento de 26% para 32%.
Entre as regiões do País, o Sul lidera o ranking nacional, enquanto o Nordeste apresenta os índices mais baixos. Apesar disso, estados como Pernambuco e Ceará superam a média nacional.
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A maior queda percentual no índice de leitores foi registrada na Região Norte, com uma redução de 15%. Já no Sudeste, o Espírito Santo se destacou com os melhores resultados, enquanto Minas Gerais ficou abaixo da média do País.
A pesquisa revelou que o brasileiro está lendo menos em termos gerais. A média de livros lidos por pessoa caiu de 2,6 para dois títulos por ano entre os leitores ativos, enquanto a média geral da população, incluindo quem não lê, é de quatro livros anuais, o menor índice desde que o levantamento foi iniciado em 2007.
Além disso, o gosto pela leitura tem perdido espaço para outras formas de entretenimento. A principal atividade que compete com o hábito de ler é o uso da internet, incluindo aplicativos de mensagens como o WhatsApp.
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Já o tempo dedicado à televisão caiu significativamente, saindo dos 80% registrados em 2011 para cerca de 60% em 2023.
Entre os entrevistados que afirmaram não ter lido, 46% apontaram a falta de tempo como o principal motivo, seguido pelo desinteresse, que também cresce consistentemente.
A parcela de pessoas que afirmam “não gostar de ler” subiu sete pontos percentuais, ultrapassando a dos que dizem “gostar muito”, que agora representa 26%.
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O estudo também reforça a predominância histórica das mulheres como o grupo que mais lê no Brasil, embora a proporção de mulheres leitoras tenha caído de 54% para 49%. Entre os homens, os leitores passaram de 50% para 44%.
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