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Cotidiano
Capital paulista registra temperaturas recordes e enfrenta noites quentes; relatório aponta a cidade entre as mais vulneráveis ao calor extremo no mundo
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Clima de calor em São Paulo | Paulo Pinto/Agência Brasil
O mês de maio de 2024 entrou para a história como o mais quente dos últimos 81 anos na cidade de São Paulo, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Desde que o monitoramento começou em 1943, nunca se viu um maio tão quente na capital paulista.
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Segundo a Climatempo, as temperaturas deste maio fugiram dos padrões típicos. O mês, tradicionalmente conhecido por dias mais frios e amenos, registrou uma média de temperatura máxima de 27,3 °C, superando em 3,9 °C a média climatológica de 23,4 °C. Este valor não só estabelece um novo recorde para o mês, como também supera os recordes anteriores de 2019 e 1984, que tinham uma média de 25,6 °C.
O calor foi mais intenso no dia 5 de maio, quando os termômetros marcaram 32,5 °C, a maior temperatura já registrada em um maio na cidade. Em 17 dos 31 dias do mês, as máximas ultrapassaram os 29 °C, configurando um mês excepcionalmente quente.
Além das altas temperaturas durante o dia, as noites também foram mais quentes do que o usual. A média de temperatura mínima foi de 18,2 °C, o que representa 3,5 °C acima da referência climatológica de 14,7 °C. Este novo recorde superou o anterior de 17,2 °C, registrado em 2019. A menor temperatura do mês foi 10,4 °C, registrada em 29 de maio, a mais baixa do ano até agora.
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A sequência de dias quentes foi interrompida apenas na última semana de maio, quando uma forte frente fria atingiu o estado de São Paulo, derrubando as temperaturas e trazendo um alívio temporário para os paulistanos.
Segundo o relatório “Pessoas expostas à mudança climática: março-maio de 2024” (People Exposed to Climate Change: March-May 2024) divulgado na última quinta-feira (10/06) pela Climate Central, São Paulo é uma das mais vulneráveis ao calor extremo.
O estudo é sobre 48 megacidades globais com mais de 10 milhões de habitantes. Das cidades analisadas, 40 enfrentaram pelo menos um dia com temperaturas extremas no nível 3 do Índice de Calor (CSI).
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São Paulo está entre as dez megacidades que registraram temperaturas elevadas durante a maior parte (entre 52% e 95%) da temporada de março a maio, com até 38 dias de calor no nível 5 do CSI, o mais alto da escala.
Megacidades | Países |
Dias com CSI 3 ou maior (% da temporada) Continua depois da publicidade |
Dias com CSI 5 ou maior |
Temperatura mais alta (°C) |
---|---|---|---|---|
Lagos | Nigéria | 88 (96%) | 86 | 1.3 |
Kinshasa | Congo | 79 (86%) | 70 | 1.6 |
Cidade do México | México | 78 (85%) | 63 | 2.5 |
Jakarta | Indonésia | 77 (84%) | 69 | 0.9 |
Ho Chi Minh | Vietnã | 76 (83%) | 62 | 1.2 |
Manila | Filipinas | 75 (82%) | 67 | 1.2 |
Luanda | Angola | 74 (80%) | 64 | 1.2 |
Bogotá | Colômbia | 71 (77%) | 63 | 0.8 |
Bangkok | Tailândia | 69 (75%) | 58 | 0.9 |
São Paulo | Brasil | 48 (52%) | 38 | 1.6 |
*Texto sob revisão de Lara Madeira
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