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Cotidiano
Droga apresenta maior concentração de THC e provém do extrato do haxixe
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Nova droga provém do extrato do haxixe | Divulgação/Polícia Civil de São Paulo
Feita em laboratório, a nova droga apresenta maior concentração de THC, substância psicoativa da cannabis, e provém do extrato do haxixe. Popular entre 'playboys' e filhos da elite econômica paulistana, a substância vai ganhando popularidade entre o eixo Itaim-Bibi/Alphaville.
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A “maconha dos playboys” é vendida em aplicativos de celular e grupos de WhatsApp e adquirida em festas da elite paulista. O preço dos entorpecentes pode chegar a até R$ 500 um único cigarro e varia conforme a essência escolhida pelo comprador, segundo informações da Polícia Civil.
Com diferentes texturas e essências de sabor, a maconha gourmetizada apresenta um cardápio, geralmente compartilhado nos grupos de WhatsApp, com todas as combinações químicas possíveis.
Confira três tipos da “maconha dos playboys”.
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A maconha mais concentrada é mais nociva que a comum e, além de potencializar o efeito, pode causar danos psicológicos consideráveis aos usuários.
"A partir da planta da maconha, pode ser feito o haxixe, que é uma resina mais concentrada. O 'dry' é esse preparado do haxixe ressecado, que passa por tratamentos químicos para ter um alto teor de THC. O uso dessa droga causa sensação com mais intensidade de alteração da percepção de tempo e espaço", disse a coordenadora do grupo de toxicologia do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo e membro do conselho estadual de drogas de SP, Silvia de Oliveira Santos Cazenave.
“Não posso dizer que quem faz uso desse cigarro preparado vai ter psicose, porque isso depende de pessoa para pessoa. Existe risco de alteração psiquiátrica devido ao rompimento metabólico do cérebro, que pode ter dificuldade para lidar com concentrações tão altas de substância psicoativa. A pessoa que fizer uso contínuo dessa maconha pode ter uma perturbação mental”, completa a toxicologista em entrevista ao “UOL”.
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Os agentes da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) apreenderam, no dia 4 de junho, um laboratório com drogas modificadas, avaliadas em até R$ 50 mil, em Carapicuíba, na grande São Paulo.
A ação prendeu um homem armado, de 37 anos, e, ao longo das investigações, outros dois suspeitos foram presos por tráfico de drogas, associação para o tráfico e associação criminosa.
Em uma análise geral, as autoridades realizaram apenas nove apreensões da maconha dry, desde 2022. Destas, cinco apreensões aconteceram em 2023, segundo informações da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) e do Departamento estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).
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*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita
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