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Cotidiano
O ex-presidente Lula (PT) publicou nesta terça (15) um infográfico comparando os preços da gasolina no Brasil em 2008, durante seu 2º mandato, e 2022, em meio ao governo de Jair Bolsonaro (PL)
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Lula faz críticas ao governo Bolsonaro após novo aumento do combustível | Reprodução Twitter
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou nesta terça-feira (15) um infográfico comparando os preços da gasolina no Brasil em 2008, durante seu 2º mandato, e 2022, em meio ao governo de Jair Bolsonaro (PL). Também mostrou a variação do Brent, valor referência para o petróleo na Europa.
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A intenção do petista foi mostrar que mesmo em um período de crise, o preço dos combustíveis à época não era tão alto como o atual. Na sexta-feira (11), a Petrobras reajustou a gasolina em 18,8% nas refinarias, reflexo da alta do Brent por conta da guerra entre Ucrânia e Rússia.
Segundo Lula, o motivo do novo aumento é de que “Bolsonaro é incompetente, pois nenhuma desculpa é maior que a verdade”.
Em 2008, entre os fatores que influenciavam a valorização do petróleo, estavam as tensões entre Estados Unidos e Irã por conta do programa nuclear do país persa. Além disso, o dólar passava por momento de enfraquecimento. À época, a moeda norte-americana estava cotada em aproximadamente R$ 1,60.
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Com a crise geopolítica, o barril Brent bateu recorde, ultrapassando US$ 146. Tal preço, foi maior que o mais alto valor registrado ao longo da guerra na Europa em 2022. No auge da elevação, o barril chegou a ser cotado a mais de US$ 130.
Convertendo para o real, o barril era vendido a R$ 235 em julho de 2008. Após correção da inflação com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o valor vai a R$ 515. Quando o Brent chegou ao maior valor de 2022, foi vendido por cerca de R$ 650.
Com as correções cambiais, a diferença entre os valores da gasolina no Brasil reduz significativamente em relação a 2008, mas o preço atual segue em patamar mais elevado. Os R$ 2,50 por litro em 2008 citados por Lula hoje valeriam R$ 5,50 aplicada a inflação. O litro era R$ 2 mais barato que o preço médio em março de 2022: de R$ 7,50.
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No País, o valor da gasolina adota paridade internacional desde 2016. Ou seja, ele é baseado na cotação do dólar, moeda usada na importação dos derivados de petróleo pelo Brasil, que não é autossuficiente na produção de gasolina e diesel para o consumo interno.
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