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Cotidiano

Lula põe Brasil à disposição para mediar disputa entre Venezuela e Guiana

Em discurso em encontro com chefes de Estado na Cúpula do Mercosul, ele disse não querer que essa questão se torne uma ameaça à paz e à estabilidade na América do Sul

Ana Clara Durazzo

07/12/2023 às 14:38

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No discurso, Lula propôs aos demais presidentes do Mercosul que aprovassem uma declaração para apaziguar as tensões no continente

No discurso, Lula propôs aos demais presidentes do Mercosul que aprovassem uma declaração para apaziguar as tensões no continente | Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que acompanha com crescente preocupação o aumento das tensões entre Venezuela e Guiana pela disputa de Essequibo, região rica em petróleo e minas. Em discurso em encontro com chefes de Estado na Cúpula do Mercosul, nesta quinta-feira (7), ele disse não querer que essa questão se torne uma ameaça à paz e à estabilidade na América do Sul.

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"Uma coisa que nós não queremos aqui na América do Sul é guerra. Nós não precisamos de guerra, não precisamos de conflito", afirmou Lula. Ele continuou: "Nós precisamos construir a paz, porque somente com muita paz a gente pode desenvolver o nosso país, a gente pode gerar riqueza e a gente pode melhor a vida do povo brasileiro".

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O petista pediu para que a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) faça a mediação entre os dois países, mas colocou o Brasil à disposição para sediar as reuniões entre Venezuela e Guiana. Lula ainda solicitou que tanto o organismo internacional quanto a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) busquem um "encaminhamento pacífico da questão".

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"Caso considerado útil, o Brasil e o Itamaraty estarão à disposição para sediar qualquer e quantas reuniões forem necessárias", afirmou. "Não queremos que esse tema contamine a retomada do processo de integração regional ou constitua ameaça à paz e à estabilidade".

No discurso, Lula propôs aos demais presidentes do Mercosul que aprovassem uma declaração para apaziguar as tensões no continente. Ele afirmou que o posicionamento é o mesmo que foi adotado em reunião no dia 22 de novembro entre ministros da Defesa e chanceleres da América do Sul.

"O Mercosul não pode ficar alheio a essa situação. Por isso, eu quero submeter à consideração de vocês a minuta de declaração dos Estados parte do Mercosul sobre essa controvérsia acordada pelos nossos chanceleres", afirmou o petista. "Recordo a declaração adotada no último 22 de novembro na reunião de diálogo entre ministros da Defesa e das Relações Exteriores da América da Sul, em Brasília, que reafirma a região como uma zona de paz e cooperação".

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A ideia de emitir um comunicado em conjunto com os demais membros do Mercosul já era debatida pelo governo brasileiro. Na noite de quarta-feira (6), Lula se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e com o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, para debater a melhor forma de fazer esse pronunciamento em conjunto, sem agravar ainda mais a controvérsia entre Venezuela e Guiana.

A ideia, segundo pessoas próximas ao governo, é a de que o comunicado em conjunto saia antes da reunião do Conselho de Segurança da ONU que deve discutir a questão, marcada para esta sexta-feira (8).
"Se vocês estiverem de acordo, essa nota que tinha sido feita pelos nossos chanceleres e ministros da defesa poderia ser aprovada aqui", disse Lula aos demais presidentes do Mercosul.

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