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Fraude no INSS partiu de entidades que representavam os aposentados e pensionistas | Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mandou demitir o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, alvo de uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) para combater um esquema de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.
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Alessandro Stefanutto havia sido afastado de sua função nesta quarta-feira (23/4), após uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), que investiga fraudes em benefícios concedidos a aposentados e pensionistas.
Segundo relatos de auxiliares de Lula, a orientação foi dada ao ministro Carlos Lupi (Previdência Social) ainda pela manhã, depois que o presidente foi informado pelos chefes da PF e da CGU sobre o teor das investigações.
O presidente do INSS pediu para deixar o cargo, por volta das 16h.
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De acordo com informações dos investigadores, a fraude no INSS partiu de entidades que representavam os aposentados e pensionistas.
Na prática, elas descontavam irregularmente parte de mensalidades sem autorização. Esses valores são pagos mensalmente às entidades e sindicatos que representam os beneficiários. Até o momento, no entanto, a polícia não detalhou como funcionava o esquema.
As entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024, pelos cálculos dos investigadores.
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Essa cobrança ocorria por meio de desconto direto na folha de pagamento da aposentadoria. O argumento da cobrança era a oferta de vantagens em serviços, como plano de saúde, seguro e auxílio-funeral.
Segundo interlocutores do Executivo, o procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, também foi afastado. Ao todo, seis servidores públicos foram afastados durante a operação, conforme informações da PF.
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