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Cotidiano
Fala do mandatário acontece após uma série de invasões promovidas pelo MST, que chegou a ocupar uma área que pertence à Embrapa
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Lula também afirmou que não há problemas entre o seu governo e o agronegócio, do ponto de vista econômico | Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Lula afirmou nesta terça-feira (13) que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra não vai mais precisar invadir propriedades durante o seu governo e que não será necessário "ter guerra", porque, segundo ele, seu governo fará a reforma agrária.
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A fala do mandatário acontece após uma série de invasões promovidas pelo MST, que chegou a ocupar uma área que pertence à Embrapa.
As invasões se tornaram uma fonte de desgaste para o governo nesses primeiros meses e deram mais força para a instalação de CPI criada na Câmara para investigar o movimento.
"Vamos fortalecer a pequena e média propriedade, vamos fortalecer o agronegócio, vamos continuar fazendo reforma agrária, porque aonde precisar assentar gente, vamos assentar. E é uma coisa importante", afirmou o presidente, durante transmissão ao vivo nas redes sociais.
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"Eu disse para o [ministro do Desenvolvimento Agrário] Paulo Teixeira esses dias: não precisa mais invadir terra. Se quem faz o levantamento da terra improdutiva é o Incra, o Incra comunica o governo quais são as terras improdutivas que estão em cada estado e a partir daí vamos discutir a ocupação dessa terra."
"É simples. Não precisa ter barulho, não precisa ter guerra. Precisa ter é competência e capacidade de ocupação", completou o presidente.
O mandatário também afirmou que não há problemas entre o seu governo e o agronegócio, do ponto de vista econômico.
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"Eu nunca tive problema com o agronegócio. Eu governei por oito anos esse país. Eles sabem tudo o que fizemos por eles. No nosso tempo, uma dessas máquinas coletoras era financiada com 2% de juros ao ano, hoje eles estão pagando 14% a 18% de juros ao ano. Do ponto de vista econômico eles não têm problema conosco. O problema pode ser ideológico e, se for, paciência", afirmou o presidente.
"Vamos anunciar o Plano Safra agora tanto para agricultura familiar quanto para o agronegócio, e eles vão perceber que, da parte do governo, não há nenhum objeção a eles. O que queremos é que todos produzam, cresçam e que o Brasil cresça junto", completou.
Lula realizou na manhã desta terça-feira (13) a sua primeira transmissão ao vivo pelas redes sociais, uma estratégia da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República) para que o mandatário dialogue diretamente com a população.
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A live foi realizada diretamente do Palácio do Alvorada. O bate-papo foi com o apresentador da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) Marcos Uchôa.
O formato das lives se tornou popular durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente usava as suas tradicionais lives de quinta-feira para buscar transmitir a sua mensagem, sem nenhum tipo de crivo.
Nessas transmissões, Bolsonaro questionou a eficácia das vacinas, a segurança das urnas eletrônicas, além de atacar os seus adversários, desde parlamentares a ministros do Supremo Tribunal Federal.
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Bolsonaro também foi duramente criticado por usar a estrutura do Palácio do Alvorada e funcionários públicos para realizar a transmissão.
Quando anunciou que o presidente faria lives, o ministro da Secom, Paulo Pimenta, havia dito que o presidente não se espelharia em Bolsonaro. No entanto, ao falar sobre os planos ao site progressista Brasil 247, Pimenta havia dito que a "mídia comercial" não era "aliada" e que por isso o presidente começaria a realizar essas transmissões.
Em sua primeira passagem pela Presidência, Lula tinha um programa de rádio semanal produzido pela estatal EBC, chamado Café com o Presidente. O programa tinha um formato de entrevista e ia ao ar também na rádio Nacional.
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