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Cotidiano

Lula lamenta ataque da Rússia à Ucrânia e cobra representatividade da ONU

'Ninguém pode concordar com a guerra, ataques militares de um país sobre o outro', disse o ex-presidente

Pierre Courtadon

24/02/2022 às 11:51  atualizado em 24/02/2022 às 11:55

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a decisão da Rússia de atacar a Ucrânia

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a decisão da Rússia de atacar a Ucrânia | DIVULGAÇÃO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a decisão da Rússia de atacar a Ucrânia. Em entrevista na manhã desta quinta (24), o petista afirmou que trata-se de uma questão delicada, complicada e que deve ser repudiada.

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"É lamentável que na segunda década do século 21 a gente tenha países tentando resolver suas divergências, sejam territoriais, políticas, ou comerciais, através de bombas, tiros e ataques, quando deveria ter sido resolvido em uma mesa de negociação", afirmou o petista em entrevista na manhã desta quinta (24).

"Ninguém pode concordar com a guerra, ataques militares de um país sobre o outro. A gente está acostumado a ver que as potências de vez em quando fazem isso sem pedir licença. Foi assim que os EUA invadiram o Afeganistão, o Iraque, sem pedir licença para ninguém. Foi assim que a França e a Inglaterra invadiram a Líbia. E é assim que a Rússia está fazendo com a Ucrânia", disse.

Lula também disse que o conflito poderia ter sido evitado se a "ONU tivesse mais representatividade e força" e que ela não deve ser uma "instituição decorativa". Ele afirmou ainda que é preciso chamar mais países para participar do Conselho de Segurança da entidade.

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"O Brasil precisa contribuir com intervenções duras para que a gente tente mudar a representatividade das Nações Unidas e tirar a ONU de ser uma coisa decorativa. É isso que acho que precisamos fazer."

Lula também alfinetou o presidente Jair Bolsonaro (PL), que se reuniu com Putin neste mês. No encontro, Bolsonaro afirmou que "somos solidários à Rússia".

"Parece até uma piada, o Bolsonaro foi lá dizer que ia resolver a paz e agora acho que é importante mandar ele lá pra Ucrânia para ver se ele consegue resolver o problema lá. Como ele adora contar mentira, adora fazer fake news ele foi lá e tentou passar para a sociedade que estava lá em uma missão. Até hoje a gente não sabe o que ele foi fazer lá", disse.

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O atual mandatário não se pronunciou sobre o conflito até a publicação deste texto.

O ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT) também se pronunciou sobre o conflito as redes sociais. Ele afirmou que "não existe mais guerra distante e de consequências limitadas" e atacou o governo Bolsonaro. "Precisamos nos preparar, portanto, para os reflexos do conflito entre Rússia e Ucrânia. Muito especialmente por termos um governo frágil, despreparado e perdido", disse.

"A sociedade e outros poderes precisam estar alertas para fiscalizar um executivo com políticas interna e externa cheias de equívocos e desvarios. O desequilíbrio na ordem internacional pode gerar efeitos de um outro tipo de pandemia, em especial neste Brasil hoje tão vulnerável", escreveu Ciro.

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