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Cotidiano

Lula encontra esquerda rachada e sob ameaça de voto 'Luleite' em RS

Ex-presidente participará de reuniões ao longo da manhã de quarta-feira (1) e, às 16h, de um 'ato em defesa da soberania' organizado pelo PT

Maria Eduarda Guimarães

31/05/2022 às 13:40  atualizado em 31/05/2022 às 15:26

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Lula

Lula | Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo

O palanque quase exclusivamente de petistas que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrará nesta quarta-feira (1º), ao desembarcar no Rio Grande do Sul tende a ser o mesmo que encontrará ao menos até o final do primeiro turno das eleições presidenciais.

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Lula participará de reuniões ao longo da manhã de quarta-feira e, às 16h, de um "ato em defesa da soberania" organizado pelo PT gaúcho em uma casa de eventos.

Diferentemente de estados como Minas Gerais, Rio e Pernambuco, em que Lula participa ativamente das articulações em torno das candidaturas estaduais, no Rio Grande do Sul o sentimento de integrantes de partidos de esquerda é que o petista chega tarde para viabilizar novas alianças.

PT, PSB e PSOL, por exemplo, já lançaram pré-candidaturas.

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Isolados, os partidos de esquerda correm o risco de serem derrotados pelo chamado voto "Luleite", de eleitores de esquerda que vejam o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) como o único com chances de vitória contra um candidato bolsonarista -o nome que desponta em pesquisas, hoje, é o do ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL).

Leite, que renunciou ao governo em 31 de março em uma tentativa fracassada de se cacifar à Presidência da República, ainda não decidiu se voltará a disputar o governo estadual.

A cisão mais traumática na esquerda ocorreu entre PT e PSB, que lançaram respectivamente como pré-candidatos o deputado estadual Edegar Pretto (PT) e o ex-deputado federal Beto Albuquerque (PSB) ainda em setembro de 2021.

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Diante da consolidação de Pretto como candidato sem enfrentar nenhum empecilho do PT nacional, Beto se diz disposto a oferecer apoio a Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno para contar com o PDT em sua chapa.

"O Lula subiria no palanque de um candidato que não o apoia? Pois então, eu também não devo apoiar quem não me apoia. E o candidato do Lula no Rio Grande do Sul é o Edegar Pretto", declara Beto.

Cortejado pelo PSB, o PDT gaúcho chegou a ventilar como candidato o atual presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, mas ele declinou.

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Agora, também negocia com o MDB, que lançou como pré-candidato o deputado estadual Gabriel Souza. Nesse caso, o empecilho é justamente o palanque federal, de Simone Tebet (MDB). O partido também lançou pré-candidatura, do ex-deputado federal Vieira da Cunha.

Pretto, que lançou até jingle de campanha em evento com participação de Dilma Rousseff e Tarso Genro no sábado (28), demonstra que a visita de Lula não deve afetar sua convicção em concorrer e tampouco articular novas alianças em torno do seu nome.

"O presidente Lula não vem para isso, vem para matar a saudade do Rio Grande do Sul", diz Pretto.

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O petista declara que todos os partidos que apoiam Lula nacionalmente foram convidados a participar do evento desta quarta-feira (1ª), inclusive PSB e PSOL.

Pedro Ruas, que é pré-candidato do PSOL, confirma presença em nome "da luta contra o fascimo, para uma vitória de Lula no primeiro turno", já Beto declarou que não deve comparecer ao evento "que é do PT para o PT".

O racha entre os partidos de esquerda teve como efeito colateral o enfraquecimento na disputa ao Senado. Na sexta-feira (27), Manuela D'Ávila, nome que era cogitado como unanimidade para concorrer pelo PC do B, anunciou que não concorria a cargos eletivos em 2022:

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"Trabalhei muito por um palanque unitário [a Lula no RS] que nos envolvesse todos, sobretudo os três candidatos ao governo do estado, fortalecendo nossa chapa. Sempre estive à disposição para construirmos esse palanque unitário que, infelizmente, não se materializou", escreveu a ex-deputada em seu Twitter.

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