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Cotidiano
'Acho impossível Lula e Bolsonaro não estarem no segundo turno', afirmou
07/02/2022 às 09:25 atualizado em 07/02/2022 às 09:27
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Os candidatos à Presidência da República, Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva | Bolsonaro: Marcos Correa/PR - Lula: Cristiane Mattos/Futurapress/Folhapress
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou em entrevista exibida neste domingo (6) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) estarão no segundo turno das eleições e que a disputa representará um duelo pela menor rejeição.
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"Acho impossível Lula e Bolsonaro não estarem no segundo turno", afirmou em entrevista exibida pela BandNews TV e pela Band, descartando a chance de sucesso de uma terceira via na corrida presidencial.
"Vai ser uma disputa de rejeição", disse. "Acho que quem tiver maior capacidade de trazer esperança para as pessoas e de mostrar o que aconteceu, o que foi feito e o que pode ser feito é quem vai ganhar essa eleição.
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E por isso acredito na reeleição do presidente", complementou.
A rejeição a Bolsonaro é um dos maiores entraves para sua campanha. Segundo a última pesquisa Datafolha, feita em dezembro, 60% dos eleitores afirmara não votar nele de jeito nenhum. No caso de Lula, o percentual é de 34%.
O ministro afirma que o repúdio a Bolsonaro hoje é fruto de uma "polarização jamais vista na história". Para ele, o presidente tem se dedicado ao que importa em vez de alimentar um clima de instabilidade por questões que não melhoram a vida da população.
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"O país não vai voltar a ter instabilidade como tínhamos naquela época que você citou [em setembro, cinco meses atrás, quando o presidente ameaçou o Supremo Tribunal Federal]. Não temos condição, nós não temos o direito", afirmou.
Perguntado sobre por que mudou de opinião sobre Bolsonaro, já que antes do governo chegou a chamá-lo de fascista, o ministro respondeu que não concordava muito com o deputado Bolsonaro. "Agora, o presidente Bolsonaro que eu conheci não dá para comparar", disse.
"Não tenho dúvida que ali foi um erro, e hoje eu tenho uma avaliação completamente diferente e uma admiração e um orgulho de estar ao lado do presidente nesse momento", afirmou.
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Questionado sobre o discurso antivacina de Bolsonaro, o ministro respondeu que o importante são "as ações" e que não há imunizante aplicado no Brasil que não tenha sido comprado pelo governo federal.
O ministro, também presidente do PP –uma das principais siglas do centrão–, disse que o partido não vai autorizar seus candidatos a apoiarem Lula, mas que estará liberada a parceria com aliados do petista.
Ele criticou a era petista em diferentes trechos da entrevista e chegou a atacar indicações políticas em estatais, apesar de seu partido ter sido aliado na época e de ter apadrinhado dirigentes na própria Petrobras que viraram alvo da Operação Lava Jato -como Paulo Roberto Costa.
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Ciro disse que na época das eleições a rejeição ao PT vai ser maior. "Deixa o Lula aparecer com quem vai governar", disse.
A inflação é vista por ele como um desafio para o governo. Sua pasta concluiu nos últimos dias uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que libera corte de tributos sobre combustíveis sem necessidade de compensação, algo temido pela equipe econômica.
Para ele, os governadores também precisarão reduzir impostos. "O governo federal vai fazer a sua parte. Eu espero que os estados façam também", disse.
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Ciro diz que é impossível interferir na política de preços da Petrobras e aproveitou para atacar novamente o presidente Lula, que afirmou que não manterá o preço dos combustíveis vinculado ao dólar como ocorre atualmente.
"Eu vi outro dia o [ex] presidente Lula dizer que vai interferir na política de preço da Petrobras. Meu Deus, isso é uma mentira, gente. É impossível. A Petrobras não é do governo federal, não. Não tem como", afirmou.
O ministro disse que seu relacionamento com o ministro Paulo Guedes (Economia) é perfeito. "O problema é que qualquer ministro da Economia diz 'não' o tempo inteiro", afirmou. Por isso, disse, Casa Civil e Economia dividirão as decisões sobre a execução orçamentária em comum acordo.
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Ele aproveitou para elogiar o colega de Esplanada. "Graças a Deus nós tivemos um ministro como o Paulo Guedes. Seria muito pior se nós não tivéssemos a responsabilidade econômica [dele] e eu tenho muita confiança no ministro", afirmou.
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