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Cotidiano
Aliado de Bolsonaro, o ex-deputado foi preso pela PF no domingo depois de resistir à ordem, disparar mais de 20 tiros de fuzil e lançar duas granadas contra os agentes
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O presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva | Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (24) que o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) é "a fotografia e o resultado" do que "acontece no governo Bolsonaro".
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"O Roberto Jefferson é praticamente a fotografia e o resultado do que acontece no governo Bolsonaro. Ele é o resultado de tudo o que é plantado nesse país, é resultado de um momento de muitas mentiras no Brasil", afirmou Lula em entrevista coletiva.
Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-deputado federal foi preso pela PF (Polícia Federal) no domingo (23) depois de resistir à ordem judicial, disparar mais de 20 tiros de fuzil e lançar duas granadas contra os agentes. Dois deles ficaram feridos.
O ex-deputado já estava em prisão domiciliar e foi alvo de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), por ter descumprido medidas impostas no âmbito de uma ação penal em que é réu por incitação ao crime e ataques a instituições.
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O ex-presidente disse nesta segunda que espera que o que aconteceu no domingo seja "um ensinamento" para que a sociedade perceba "que é preciso esse país voltar a ser um país democrata".
"Temos que reestabelecer a normalidade no Brasil com uma certa urgência. As pessoas precisam ser mais sérias, as pessoas precisam parar de mentiras, as instituições precisam voltar a funcionar."
Lula disse ainda que o episódio do domingo é "triste" para o Brasil e "envergonha mais o nosso país".
Como a Folha de S.Paulo mostrou, a campanha do petista irá explorar a prisão de Jefferson buscando ligá-lo a Bolsonaro na reta final da campanha.
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Um vídeo produzido pela equipe do petista, com o mote "chega de violência, chega de Bolsonaro", passou a ser distribuído nas redes na noite deste domingo e está previsto para entrar como inserção na TV.
Nesta segunda, o ex-presidente disse ainda que espera "um minuto de sensatez" de Bolsonaro e que ele aceite os resultados das eleições caso seja derrotado no próximo domingo (30).
"Espero que eu ganhando as eleições ele tenha um minuto de sensatez, pegue o telefone, me telefone, aceitando o resultado das eleições. É assim que a gente procede no Brasil", afirmou Lula.
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O petista também criticou as declarações de Bolsonaro sobre urnas eletrônicas e disse que o atual chefe do Executivo sempre foi eleito com elas. "A suspeição que ele colocou nas urnas não tem nenhuma procedência. Só quando perde que ele acha que urna pode ser suspeita? Não é possível."
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