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Cotidiano
Durante debate de candidatos ao governo de São Paulo, o deputado estadual Douglas Garcia partiu para cima da jornalista com ataques verbais
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Lula (PT) também se manifestou em suas redes sociais em solidariedade a Magalhães, afirmando que debates deveriam ser notícia pelas propostas apresentadas, e não por ataques contra mulheres jornalistas. | Ettore Chiereguini/Gazeta de S. Paulo
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), manifestou nesta quarta-feira (14) solidariedade com a jornalista Vera Magalhães, hostilizada por um deputado bolsonarista. Pacheco disse que o comportamento teve "contornos de oportunismo e covardia".
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"Manifesto minha solidariedade à jornalista Vera Magalhães por mais um ataque a sua honra e dignidade profissional. Esse tipo de comportamento hostil e mal-educado, com contornos também de oportunismo e covardia, não é, e nunca será, um padrão de conduta dos brasileiros", escreveu o senador mineiro, em suas redes sociais.
"Que prevaleça, no Brasil, a cultura do respeito, inclusive aos jornalistas e às mulheres", completou.
Na noite de terça-feira (13), durante debate de candidatos ao governo de São Paulo, o deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos) partiu para cima da jornalista com ataques verbais.
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O parlamentar, candidato a deputado federal nas eleições de outubro, fez parte da comitiva do ex-ministro e candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Ele se sentou ao lado da jornalista e, gravando com um celular, perguntou se ela recebeu dinheiro para falar mal do governo Jair Bolsonaro (PL). Repetindo um ataque feito pelo presidente durante debate entre candidatos ao Planalto no mês passado, disse que ela é "uma vergonha para o jornalismo".
Além de Pacheco, outros políticos se solidarizaram com Vera Magalhães, entre eles candidatos à presidência da República - Jair Bolsonaro foi uma das exceções.
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Ciro Gomes (PDT) também escreveu em suas redes sociais sobre o ataque, afirmando que se trata de uma "múltipla ação terrorista".
"A escalada de ataques de bolsonaristas à jornalista Vera Magalhães já chegou ao ponto máximo, e tem que ser visto como uma múltipla ação terrorista que afronta não apenas uma mulher e jornalista independente, mas toda uma sociedade democrática", afirmou o pedetista.
"Os cães raivosos, como Douglas Garcia, não agiriam com tanta desenvoltura se não tivessem, de um lado, o estímulo e o apoio de Bolsonaro, líder da facção, e do outro, a passividade das autoridades. A mesa do Legislativo paulista também não pode ficar em silêncio", acrescentou.
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Simone Tebet (MDB) afirmou que o comportamento "covarde" de Jair Bolsonaro estimula esse tipo de ataques.
"Solidariedade e indignação. Acordei em Recife/PE com essa barbaridade. Mais uma vez Vera Magalhães sob ataques de bolsonaristas. O comportamento covarde do presidente é uma licença para esse tipo de absurdo, agora de um parlamentar", escreveu a emedebista, também em suas redes sociais.
Tebet ainda pediu que a Assembleia Legislativa de São Paulo, a Polícia Civil e o partido Republicanos tomem providências para punir o parlamentar por esse ataque.
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Lula (PT) também se manifestou em suas redes sociais em solidariedade a Magalhães, afirmando que debates deveriam ser notícia pelas propostas apresentadas, e não por ataques contra mulheres jornalistas, "promovidos por quem vive do ódio e não gosta da democracia".
Durante o debate entre candidatos a presidente, no mês passado, Tebet também foi atacada por Jair Bolsonaro e ouviu a mesma frase de que era "uma vergonha". Ela reagiu às afrontas.
Os candidatos à Câmara dos Deputados Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL) também se manifestaram.
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"A escalada das agressões contra a jornalista Vera Magalhães é inadmissível. É assustador assistir a essas atitudes machistas e odiosas iniciadas por Bolsonaro. Seu bando precisa ser interditado e responsabilizado por seus atos violentos e antidemocráticos", afirmou Marina.
Boulos disse que o ataque "comprova o que mais de 60% das brasileiras já sabem e sentem na pele: o governo Bolsonaro odeia as mulheres".
O candidato ao Governo de São Paulo Fernando Haddad defendeu que Douglas seja cassado por falta de decoro. "Vamos transformar a Assembleia Legislativa de SP em território livre da misoginia", escreveu no Twitter.
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O seu adversário Rodrigo Garcia (PSDB) classificou de "estarrecedor" os ataques contra a jornalista. "O método se repete há anos", afirmou. "Covardes e agressores não passarão."
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