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Cotidiano

Lula articula chapa com Haddad e Marta

Lula trabalha para convencer ex-prefeitos a formarem uma chapa para as eleições do ano que vem

Matheus Herbert

06/12/2019 às 01:00

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Haddad diz que não quer ser candidato; petistas, no entanto, acreditam no poder de persuasão de Lula

Haddad diz que não quer ser candidato; petistas, no entanto, acreditam no poder de persuasão de Lula | /LEO CALDAS/FOLHAPRESS

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT vão trabalhar por uma chapa para a Prefeitura de São Paulo liderada pelo ex-prefeito Fernando Haddad e com a ex-prefeita Marta Suplicy como vice. Sem partido desde que deixou o MDB em agosto do ano passado, Marta tem dito a interlocutores que o retorno dela ao PT está praticamente descartado devido às resistências de setores da sigla.

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Com isso, o PT espera que Lula pressione Haddad a entrar na disputa e que a ex-prefeita se filie a outro partido de centro-esquerda. Duas legendas estão conversando com Marta: o PDT e o Solidariedade. No primeiro caso o ex-presidenciável Ciro Gomes se opõe à ideia da dobradinha.

O maior entrave para a concretização da chapa, no entanto, é a resistência de Haddad a disputar a prefeitura pela terceira vez. O ex-prefeito está irredutível. Ele tem alegado que, ao contrário de outros políticos, depende do emprego de professor no Insper para pagar suas despesas e que disputar a terceira eleição em apenas seis anos é um fardo muito pesado.

Além disso, Haddad avalia que a esquerda vai ter poucas chances na eleição do ano que vem. Segundo ele, a tendência é que a disputa fique entre um candidato da extrema direita, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, e outro de centro-direita.

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De acordo com pessoas próximas, Haddad se irrita diante de especulações de que ele deseja se preservar para a disputa de 2022 e já chegou a sugerir registrar um documento em cartório se comprometendo a não ser candidato a presidente para estancar a boataria.

Petistas, no entanto, acreditam no poder de persuasão de Lula. O ex-presidente tirou alguns dias de férias e volta a São Paulo neste final de semana. Na agenda de Lula estão pedidos de reuniões com as bancadas municipal e estadual do PT para tratar de 2020.

Nestas conversas, Lula vai ouvir apelos pela candidatura de Haddad. Desde o início do ano, o PT, com o aval do ex-presidente, vem procurando um nome. O primeiro foi o de Haddad, que declinou. Depois vieram Aloizio Mercadante e José Eduardo Cardozo, que também recusaram. Alexandre Padilha se colocou à disposição, mas sem entusiasmo. O maior interessado é o ex-deputado Jilmar Tatto, mas a baixa votação dele na eleição para senador no ano passado desanima os petistas.

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O partido teme que, sem um nome forte, pode ser engolido à esquerda pela possível chapa Guilherme Boulos/Luiza Erundina (ambos do PSOL) e ao centro pelo ex-governador Márcio França (PSB), que também corteja Marta para vice. Tatto é outro também que quer Marta como vice e deve procurar Lula para pedir o apoio do ex-presidente a seu projeto eleitoral, que conta com a simpatia de Haddad.

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