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Cotidiano

Lula anuncia Tebet no Ministério do Planejamento e Silveira em Energia

Na futura administração, o Planejamento foi subdividido em duas pastas e terá Esther Dweck no Ministério de Gestão

Leonardo Sandre

29/12/2022 às 14:45  atualizado em 29/12/2022 às 15:14

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O presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quinta-feira (29) a senadora Simone Tebet (MDB-MS) no comando do Ministério do Planejamento e Orçamento

O presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quinta-feira (29) a senadora Simone Tebet (MDB-MS) no comando do Ministério do Planejamento e Orçamento | José Cruz/Agência Brasil

O presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quinta-feira (29) a senadora Simone Tebet (MDB-MS) no comando do Ministério do Planejamento e Orçamento e o senador em fim de mandato Alexandre Silveira (PSD-MG) como futuro ministro de Minas e Energia.

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Com o anúncio de novos nomes do primeiro escalão do futuro governo, Lula concluiu o desenho da equipe que vai comandar a área econômica em seu terceiro mandato.

Na futura administração, o Planejamento foi subdividido em duas pastas e terá Esther Dweck no Ministério de Gestão. A Economia também foi fatiada em Fazenda, com Fernando Haddad (PT), e Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), encabeçado pelo vice-presidente diplomado Geraldo Alckmin.

Tebet aceitou o cargo no Planejamento depois de ser preterida em outras pastas. A senadora queria inicialmente o Ministério da Educação, que acabou ficando com o senador eleito Camilo Santana (PT-CE).

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Depois indicou que gostaria de ficar com o Desenvolvimento Social, pasta que controla o Bolsa Família –hoje chamado de Auxílio Brasil, o programa de transferência de renda será rebatizado. Mas Lula anunciou para o cargo o também senador eleito Wellington Dias (PT-PI). O presidente diplomado teria, na sequência, oferecido o Ministério do Meio Ambiente, que Tebet recusou em favor da deputada eleita e referência na área Marina Silva (Rede-SP).

A senadora também não era a primeira opção do futuro governo para o Planejamento. O plano A de Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda, para a pasta era o nome do economista André Lara Resende, que rejeitou o posto.

No Planejamento, Tebet terá entre suas secretarias as áreas de investimentos estratégicos e coordenação de estatais.

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Com isso, poderá participar da discussão sobre investimentos prioritários do governo federal em conjunto com a Casa Civil, que irá coordenar e monitorar o tema. O PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) deve ter uma gestão compartilhada entre Planejamento, Fazenda e Casa Civil.

A parlamentar queria manter sob sua alçada os bancos públicos, para poder implementar algumas vitrines de gestão e não apenas gerenciar recursos para o restante do governo, mas a ideia foi rechaçada por petistas.

O antigo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão havia sido incorporado ao Ministério da Economia na reforma promovida por Paulo Guedes (atual ministro da Economia) no início da gestão bolsonarista em 2019, ajudando a criar a superpasta que aglutinou poderes e orçamentos.

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Terceira colocada nas eleições presidenciais, a emedebista apoiou Lula no segundo turno e participou ativamente da campanha eleitoral. Seu apoio foi considerado fundamental para a vitória do petista.

Tebet, 52, é advogada e professora. Já foi deputada estadual em Mato Grosso do Sul, prefeita de Três Lagoas (MS) por duas vezes e vice-governadora. Após a vitória de Lula, foi anunciada para compor a área de desenvolvimento social do grupo de transição.

Já Silveira é secretário-geral do PSD e se empenhou nas eleições presidenciais para barrar a virada de Jair Bolsonaro (PL) sobre Lula em Minas Gerais, onde a diferença foi de apenas 49,6 mil votos. Além disso, é aliado próximo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cuja recondução deve ser apoiada pelo governo Lula.

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O parlamentar foi relator no Senado da PEC (proposta de emenda à Constituição) da Gastança, que amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões no próximo ano e autoriza R$ 23 bilhões em investimentos fora da regra fiscal.

Também nesta quinta, o nome do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, foi confirmado por Lula no Ministério da Previdência. Pouco antes do anúncio, após reunião no hotel onde o presidente eleito está hospedado em Brasília, o pedetista disse que aceitou o convite para compor o primeiro escalão do futuro governo.

O posto inicialmente não era atrativo para o partido, que buscava uma pasta com mais visibilidade. Lupi vinha conversando com o PT para tentar negociar uma pasta que pudesse fortalecer a sigla para as eleições de 2024 e 2026.

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Lupi foi ministro do Trabalho e Emprego no primeiro governo Lula e permaneceu no cargo também no governo de Dilma Rousseff (PT), deixando a pasta em dezembro de 2011.

Outro indicado por Lula foi o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) para o Ministério da Agricultura –ele foi um dos articuladores da campanha petista junto ao agronegócio.

Como titular do Ministério da Pesca, o escolhido foi o deputado federal André de Paula (PSD-PE) –que entra na cota da sigla da Câmara dos Deputados.

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Foram escolhidos também o senador Renan Filho (MDB-AL), para o Ministério dos Transportes, e Jader Barbalho Filho (MDB-PA), para o Ministério das Cidades –ambos indicados pelos dirigentes emedebistas.

O atual governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), teve o nome indicado para o Ministério da Integração Nacional e Desenvolvimento Regional.

A divulgação dos nomes estratégicos do governo Lula foi feita no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), local escolhido como sede da transição, em Brasília.

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Na leva anterior de anúncios, no dia 22 de dezembro, Lula apontou para a equipe econômica de seu governo o vice-presidente diplomado, Geraldo Alckmin (PSB) para o comando do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio). Entre as mulheres, Esther Dweck vai liderar uma pasta criada especificamente para gestão.

Já o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) foi escolhido para o Ministério dos Portos e Aeroportos - fatia do atual Ministério da Infraestrutura. O indicado por Lula para comandar o Ministério do Trabalho, por sua vez, foi o deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP).

Futuro ministro da Fazenda, Haddad havia sido anunciado quando o presidente diplomado deu largada na definição de nomes de seu primeiro escalão, no dia 9 de dezembro.

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