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Cotidiano
Cantor e compositor lança novo álbum ao lado de Zeca Pagodinho, Alcione, Monarco, Péricles e outros artistas de sucesso
05/06/2019 às 01:00
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O compositor carioca radicado em São Paulo diz que o bairro da Vila Madalena é muito responsável pelo ressurgimento do samba | LUIZ FRANÇA/AGÊNCIA TOBIAS
"Um Samba de Respeito". Esse é o nome do novo álbum de Luiz Ayrão, que, aos 77 anos, parece ter a empolgação dos momentos áureos da carreira. Sua vida artística como compositor se iniciou nos anos 1960 e, uma década adiante, conquistou o País ao dar a voz a discos que chegaram a vender mais de um milhão de cópias.
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Havia 10 anos que o sambista carioca radicado em São Paulo não lançava algo inédito. Entre as participações estão Zeca Pagodinho, Zeca Baleiro, Alcione, Diogo Nogueira, Xande de Pilares, Monarco, Toninho Geraes, Péricles e Demônios da Garoa. A capa é assinada por Will Barcellos. O lançamento sai pela Universal.
Todas as músicas são de sua autoria, com exceção de "Tentação de Malandro", composta por seu pai, que morreu quando o filho tinha 13 anos, em 1955. "Meu pai era militar, então não poderia nem sonhar com uma carreira artística. Mas ele tocava violão, compunha, cantava. Ele sempre cantava esse samba-
debreque, e eu achava muita graça", recorda.
Ele sabe que reconquistar o sucesso estrondoso de décadas atrás é difícil, já que o mercado mudou muito. Mas quer voltar aos programas de TV para suas novas músicas se tornarem conhecidas.
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"Porém, para aparecer na televisão hoje tem que fazer alguma coisa além de cantar. Hoje para ir no Faustão tem que botar uma cabeleira e imitar outro artista, o Silvio Santos faz você fazer bolinha", diz, entre risos.
Nesse cenário, passou a investir nas redes sociais. "Hoje eu trabalho nas redes digitais. Você não viu como o Bolsonaro ganhou uma eleição? Foi nas redes".
SUCESSOS.
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É uma música de Luiz Ayrão, "Nossa Canção", o primeiro sucesso romântico da carreira de Roberto Carlos. Na década de 1970 resolveu gravar as suas próprias músicas, e se consolidou como cantor de samba. Um dos grandes sucessos foi "Os Amantes": "Qualquer dia, qualquer hora / A gente se encontra / Seja onde for / Pra falar de amor... "
Em 1977, Ayrão veio para uma temporada em São Paulo para se apresentar em uma boate. Entre idas e vindas, o carioca ficou de vez na Capital a partir de 1994. A sua relação com a cidade, diz, é de amor. "Os cariocas respeitam São Paulo, porque sabem da força desta cidade".
O compositor diz que o bairro da Vila Madalena, na zona oeste, é muito responsável pelo ressurgimento do estilo musical. "O samba está dando uma revigorada, os jovens estão ouvindo samba. É como diz o Nelson Sargento: 'O samba agoniza mas não morre'. O samba enverga mas não quebra". (Bruno Hoffmann)
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